quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

VERMELHO

A primeira vez que te "vi", por que vi sem ver, fui roubado - naquele instante - pelo vermelho dos seus cabelos. E ainda hoje te sinto e te vejo ruiva, pouco importando que cor você decidiu tingir o cabelo mais cheiroso do mundo, que é esse que adorna a sua cabeça como uma coroa. Por que você ainda é a minha ruiva. E sempre será. Minha. E te amarei vermelha, escolha você ser Marilyn ou Callas, ou Frida, pouco importa, haverá sempre algo de vermelho emanando dos seus poros, não importa que tom decida colorir sua caixa de pensamentos. Por que você é vermelha, fato inquestionável, em todos os aspectos da vida, sua, nossa, minha, você é vermelha. E foi por essa cor que me apaixonei e que lhe é inerente, sua de direito. Você merece esta cor, ela a pertence e você a ela. E nunca senti tanta falta deste vermelho em minha vida, como nestes últimos tempos em que você se avermelhou tão longe de mim, nas suas aventuras perdidas-na-tradução deste mês que demorou oito anos para passar. 8, exatamente, que lembra o eterno, e que é um dos nossos números. 5,6,7 e 8. Engraçado, isso. Uma seqüência lógica e racional que corre para o infinito, como o rio para o mar. E o mar é vermelho. E parece se abrir, para que passemos por ele, na nossa caminhada juntos que, como sempre gosto de brincar, é marcada por uma louca habilidade que temos - juntos - de conquistar as coisas, concretas ou subjetivas. Nós empreendemos juntos. E na união das nossas "forças sagitáries" conhecemos campo de batalha e de girassóis. Num mesmo dia. E, por sua causa, até eu me torno vermelho também. Vermelho de amor, de fogo, de briga, de guerra, paixão. Vermelho de Marte, morango e violino. Vermelho de Rosa, que me faz principezinho, para te cuidar e proteger do sol e dos tigres. Então, nestes dias que passaram, em que estive azul como nunca, ou roxo, prefiro dizer, percebi que já não vivo mais sem o vermelho, que é esta cor de movimento e realização, que você sopra em minha vida, como um vento de renovação e descoberta. O vento escarlate que transforma meu barco de papel na caravela de Colombo, assim é você em minha vida. E ando contando os segundos, como criança espera o Natal, para que você se traga de volta, meu sonhado presente, embalada como laço de fita e papel. Vermelhos.

Um comentário:

K'. disse...

Ela voltou?