quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

GRITOS NO SILÊNCIO DOS BOSQUES

Continuo a leitura do hipnotizante e - contraditoriamente - de difícil digestão "O Castelo na Floresta", de Norman Mailer, que narra a juventude de Adolf Hitler. A história transita pela especulação do incesto nas comunidades rurais da Áustria, as influências de infância e a sinistra observação do Diabo, chamado no livro de "Maestro" pelo narrador (um demônio de segundo escalão), daquela criança que mudaria muita coisa nos anos por vir. São socos sucessivos no estômago, mas é um livro que parece pulsar sobre a mesa, quando deixamos a leitura de lado; é difícil abandonar a narrativa, rápida e envolvente, que nos deixa cada vez mais curiosos e intrigados em saber a onde esta história nos levará, o que deveremos descobrir. Pistas no caminho, naturalmente, mas um desfecho que parece guardado sob sete chaves. Agarrados pelas vísceras e até mesmo a alma, por que não?, continuamos o estranho diário que se desdobra sob os nossos olhos. E como todo diário, inundado por confissões e segredos que talvez não desejaríamos saber. . .

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