quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

KINGDOM HEARTS

Por trás do forte(íssimo) apelo infantil da franquia KINGDOM HEARTS da Square-Enix há, inegavelmente, histórias sólidas e jogos de diversão inquestionável. Na minha opinião, Kingdom Hearts consegue ser uma saga ainda mais carismática do que a milionária série de jogos FINAL FANTASY. Os três jogos lançados até hoje, KINGDOM HEARTS (PS2), KINGDOM HEARTS CHAIN OF MEMORIES (GBA) e KINGDOM HEARTS 2 (PS2) construiram uma misteriosa e intrigante teia de eventos que faria inveja a qualquer best-seller. Acompanhamos a saga do menino Sora, morador de uma ilha no meio do nada, que se vê inexplicavelmente separado dos seus amigos numa jornada enigmática pelos reinos encantados dos desenhos e filmes da Disney. Acompanhado pelo Pato Donald (que no jogo é um feiticeiro) e o Pateta (um cavaleiro), Sora combate inimigos chamados "Heartless" (sem coração), em busca de auxiliar o Mickey (Rei), que havia partido anteriormente em expedição. Eu sei que soa infantil, bobo e lame, mas não é!! No caminho, o grupo encontra personagens inesquecíveis dos jogos Final Fantasy, como Cloud e Aerith, heróis e vilões memoráveis da Disney, até se depararem com os reais mistérios por trás de tantos eventos sem explicação. Essa história continua em suas 2 seqüências de maneira que os três jogos se unem como um quebra-cabeça: descobrimos as múltiplas relações entre Sora, o universo da Disney, a "Organização", o menino Roxas, a silenciosa Naminé, Riku, Kairi, as conexões entre Traverse Town e Twilight Town e os significados que antes pareciam tão obscuros. Horas e horas de puro entretenimento e satisfação plena numa série de RPGs inovadores e cativantes. De alguma maneira, nós passamos a nos preocupar com aquelas pessoas ali e só um jogo muito competente é capaz de gerar tamanha empatia. Esse é o grande diferencial de Kingdom Hearts: a união da doçura e o encantamento do mundo Disney com a grandiosidade épica de Final Fantasy num jogo que faz qualquer marmanjo voltar a ser criança sem perder o desafio em nenhum momento. Não são jogos fáceis e previsíveis, pelo contrário. Todos os jogos Kingdom Hearts transpiram originalidade e dificuldade na medida certa. De qualquer modo, uma franquia longe de ter um fim definitivo. Quem assistiu ao final secreto de KH2 se deparou com uma das mais misteriosas seqüências da história dos games: três guerreiros num campo de batalha desolado no qual pode ser visto a "keyblade" (chave com aqual Sora lutava) encravada no chão. Uma batalha fora travada ali. Nada parece ter sobrado. O que isso quer dizer? Para a nossa eterna inquietação, a frase: "Birth by slumber", algo como "nascimento pelo sono". Uma referência ao despertar de Sora, mais velho, em KH2? Como saber. A verdade é que a franquia Kingdom Hearts é um grande e inquestionável produto genuíno de amor para todas as idades, que sem dúvidas terá marcado para sempre a nossa geração e a história dos jogos.

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