sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

COMO NÃO AMAR J.R.R. TOLKIEN?

J.R.R. TOLKIEN

Amar Tolkien é uma obrigação. John Ronald Reuel Tolkien, nascido na África do Sul, filólogo, professor, poeta, profundo conhecedor da alma anglo-saxã. Em outras palavras, é impossível não reverenciá-lo. E isso é possível em inúmeras esferas: literária, cultural, pop, cinematográfica, histórica, artística, eletrônica. Um dia ele teve uma idéia, uma simples idéia: uma jornada para um "hobbit" aventureiro. E deste pensamento nasceu uma quase reinvenção de valores, história e mitologia ocidental. Tolkien fundou um universo paralelo, rico como o nosso, com geografia própria, idiomas e alfabetos, seres fantásticos, bravos heróis, lugares místicos e misteriosos, mitos, lendas, guerras e perigos. Sua história mais famosa, "O SENHOR DOS ANÉIS", tornou-se uma mina de ouro que rendeu preciosidades como a trilogia de filmes de Peter Jackson, jogos eletrônicos, brinquedos, tribos a idolatrar a dura jornada de uma sociedade de pessoas tão diferentes, mas unidas pelo ideal comum de salvar o mundo onde vivem. O fardo do jovem hobbit Frodo é uma provação com a qual podemos - e conseguimos - nos identificar. E torcemos por ele. E por todos os companheiros, tão heróicos, em seus dramas e desafios pessoais. É tudo perfeito, preciso, mágico, lírico, onírico. Os detalhes são enciclopédicos e, fôssemos de outro mundo, poderíamos entender essa incrível história como uma possível versão - e compreensão - de uma realidade passada. Como um competente arauto, Tolkien nos oferece sua história, envolvente como um feitiço, que nos comove, encanta e atravessa gerações. Ali está fundada, oficialmente, a essência dos "Role Playing Games" e tantos ícones que hoje muitas pessoas discutem sem sequer saber que suas origens estão em Tolkien, uma das mais inventivas mentes da nossa história recente, que viu a guerra de perto, e entendeu a certeza de que ORCs, Trolls e aliança de homens não é fantasia e ficção, mas um reflexo da nossa civilização ambiciosa, individualista, belicosa. Não importa muito o meio pelo qual somos capturados ao vasto mundo da TERRA MÉDIA, se por música, filmes, livros ou games. Já estamos lá. Sua história nos levou. E certamente, não queremos mais voltar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ual!!! Eis a aí um tributo a Tolkien de encher os olhos!!!

Foi realmente um texto emocionante esse seu! Como um fã de Tolkien (há 7 anos lendo e relendo seus livros) também sinto e vejo tudo da forma como você colocou!!!

Parabéns pelo texto!