sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

FANTASIA SEM FINAL


Sou um fã inverterado da saga FINAL FANTASY. Como tive o raro privilégio de acompanhar a série desde longa data (NES, lá em fins dos anos 80), posso dizer que conheço a tal "fantasia final" um pouco, razoavelmente bem; como fã comportado, sem exageiros religiosos. Não sei os detalhes das trivias, tampouco sei costurar a complexa teia de eventos que unem personagens e histórias nos jogos que, supostamente, não possuem relação alguma. Não faço idéia de como se processa a cronologia, tampouco tenho muita noção da geografia ou história. Sei do que importa: a alma épica, da experiência, e o prazer incomparável de ingressar numa (quase sempre) boa aventura de um novo (ou velho) jogo Final Fantasy. Está tudo sempre lá: personagens inesquecíveis e carismáticos, vilões com poderes de semi-deuses, perigos apocalípticos, cidades vivas, cavernas misteriosas e florestas densas, naves e veículos incríveis, armas e equipamentos que valem os riscos corridos para obtê-los, mundos e universos distintos e riquíssimos a serem explorados, por fim, histórias dignas de livro, repletas da mais pura humanidade, sempre adornada de paixão, amor, ódio, vingança, ambição, amizade, traição e reviravoltas surpreendentes. É impossível não se deixar capturar pelo mundo de Final Fantasy, não importa muito qual jogo em si ou o quão familiarizado se é com as tramas. Basta um e a picada é definitiva. Final Fantasy é algo viral e todos os jogos partilham desta essência meio mitológica, meio onírica, que faz com que a mina de ouro da Square-Enix não seja mais uma série de jogos. Os RPGs da longa trajetória Final Fantasy definiram muita coisa e continuam a promover revolução, a cada lançamento. Final Fantasy XII (PS2), o capítulo mais recente (além do Revenant Wings, para o DS), é nada mais que uma obra-prima. Não saberia por onde começar a elogiar, descrever, apontar o que há de maravilhoso no jogo. É simplesmente tudo tão bom, tão bom, que ficamos com pena de avançar no jogo. Não queremos que ele acabe. E a música final, "Kiss me goodbye", da artista japonesa Angela Aki, no ocaso da história, que vem nos falar de despedida, seria dura ironia se não fosse (mais uma) melodia tão tocante e comovente para aqueles que partilharam da aventura, dos perigos, e conseguiram chegar até o final. Mas não é apenas o indefectível FFXII que separo como memorável. Faço honras ao (não muito popular) FFIX (PSone), também os complementares FFX/X-2 (PS2), Final Fantasy Tactics Advance (GBA) e o RPG-mor, Final Fantasy VII (PSone), naturalmente. Afinal, não importa quantos anos passem, Final Fantasy VII será sempre o diamante deste baú de tesouros e Cloud nosso herói mais querido. Post bem geek, confesso. Mas, não há meio de melhor saborear o que este universo tão plural de FF tem a oferecer sem abraçar a mais genuína "geekness" que há em nós. E agora, o que resta? Esperar por FINAL FANTASY XIII parece ser a resposta mais adequada (enquanto bolamos um meio humanamente possível de comprar um PS3, obviamente). Nesta angustiosa espera (que o lançamento não seja tão atrapalhado como o de FFXII!), vale conferir o trailer oficial de FFXIII (de tirar o fôlego!!) aqui.

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