segunda-feira, 22 de outubro de 2007

PHANTASY STAR I (OU SOBRE "COISAS QUE FICAM")



























Phantasy Star I. Sem a menor dúvida, um elo forte com a minha infância (nem tão) perdida (assim). Lembro dos meus primos jogando, em Phoenix, Arizona. Neve caindo lá fora, no natal de 1990 e meu primo salvando o jogo às portas de enfrentar o temido Lassic, num castelo flutuante. Isto após alimentar o gato Myau com a "Noz de Laerma", que o transformava em um ser alado gigantesco. Sério, está para nascer um RPG como o primeiro Phantasy Star. Era tudo muito bom. A música até hoje toca na cabeça, como se eu ainda acompanhasse a história de Alys, seguida por um gato amarelo, um feiticeiro e um guerreiro, pelas ruelas de uma cidade futurista, numa "cinematográfica" tela de 14 polegadas. Labirintos totalmente tridimensionais quando já vibrávamos com os gráficos 2D. Pioneiro RPG que estabeleceu inúmeros conceitos seguidos fielmente até hoje. Um grupo, um dilema, uma jornada, um inimigo a ser vencido. Equipamentos, mapas, magias, turnos, níveis, segredos. Um universo de possibilidades dentro da tão limitada capacidade do Master System. Inspiração e genialidade numa época em que o entretenimento eletrônico compreendia basicamente fazer um boneco pular e um carro ir da direita para esquerda. Phantasy Star era o máximo! Simples e, nos padrões atuais, paupérrimo em milhões de aspectos, mas um dos jogos mais completos na minha opinião até hoje. Viciante, desafiador, enigmático. A TECTOY bem que poderia lançar uma versão comemorativa do Master System com Phantasy Star na memória, ao invés de lançar e relançar todos os anos um Master com mil jogos que ninguém gosta. Onde este povo está com a cabeça? Expectativas à parte, a grande verdade é que os jogos de hoje estão praticamente vivos, sem dúvida alguma. Mas ainda acho que 10, 15 anos atrás eles tinham mais alma.

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