Ok, Marie Antoinette. Ou "Devaneios Coppolianos 3". Ponto (sem final, por favor). Mas penso que se falo nos 2 primeiros filmes por que não continuar? Devo confessar, sou fascinado pelo universo cor-de-rosa (no melhor sentido) idealizado por Sofia Coppola para a sua "Marie Antoinette" (2007). A última rainha francesa, interpretada com cautelosa responsabilidade por Kirsten Dunst, é um ícone pop. O filme é um encanto, sinestésico, uma compacta explosão de sentidos, um video-clipe de pouco mais de 1h30. Doces, festas, um paraíso altista, alheio ao que estava além dos portões dourados de Versailles, um hedonismo de gastos, chapéus, leques, iguarias e um all-star azul claro. A festa que deflagrou uma revolução. A mulher que perdeu, desde muito cedo, a cabeça. Não vou sequer pontuar a trilha sonora (ok, a melhor de todos os tempos, com menção honrosa ao Radio Dept. e New Order, mas fico por aqui, só a trilha merece um post depois). O mundo é azul bebê e rosa claro, no olhar da menina que abandona o pequenino cão pug Mops para abraçar um apático futuro marido na delicada fronteira entre a Áustria e a França. Menina, Rainha, Lenda. Maria Antonieta era uma mulher à frente do seu tempo, "cool antes do cool ser cool" (quem ler a biografia de Antonia Frasier irá se apaixonar). Um filme delicado, para "contemplar limoeiros", para "dizer adeus".
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