 
 Tenho ouvido falar deste novo filme, "The Darjeeling Limited" (O Expresso Darjeeling/2007), do Wes Anderson (diretor dos geniais "Excêntricos Tenenbaums" e "Vida marinha"). De tanto "ouvir o galo cantar", aos poucos fui descobrindo do que se trata a história (interessantíssima) e rapidamente se tornou um dos lançamentos que aguardo mais ansiosamente, agora. 3 irmãos numa viagem de trem semi-existencialista pela Índia. A crítica tem sido favorável, reconhecendo-o como um provável clássico cult. O elenco inclui nomes como Adrien Brody, Jason Schwartzman, Owen Wilson, além do indefectível-mais-lost-de-todos Bill Murray em, provalvelmente, algum personagem fascinante. Na produção, encontram-se alguns nomes ligados à Sofia Coppola (Roman Coppola e Milena Canonero, por exemplo). Fotografia rica e colorida, acompanhada de uma trilha sonora interessante (exótica também). Uma espécie de "road-movie", com diálogos inteligentes, comédia na medida certa e a qualidade específica de qualquer filme de Wes Anderson, que mistura com muita competência o bom humor e a melancolia. No lançamento americano (no final de setembro), o longa foi antecedido por "Hotel Chevalier", um curta estrelado por Natalie Portman e Jason Schwarztman (maravilhoso como o rei Luis XVI de Maria Antonieta), espécie de preâmbulo para a história que será contada no filme (este curta, parece, só virá no lançamento em DVD). Topo da lista, meteoricamente, dos filmes que gostaria de ver agora, nesta sexta-feira, mas que ainda não chegaram ou sequer foram produzidos. Ou imaginados.
 
 







 
 




 
 










 Diz a pequena Cecilia Lisbon ao médico numa das cenas mais significativas do filme "As Virgens Suicidas", romance de Jeffrey Eugenides, adaptado magistralmente ao cinema por Sofia Coppola (99/00). Um filme de silêncios eloqüentes (aliás como todos os seus filmes) sobre as "Lisbon girls" que não cabiam em si mesmas - pensamento partilhado pela diretora, tenho certeza - venereadas como um segredo misterioso pelos garotos-perdidos do bairro. Engraçado como somos perdidos, nós, os garotos. Cecilia, Lux, Bonnie, Mary e Therese. Sussurros de socorro apenas ouvidos pelos meninos, do outro lado da rua, com seus isqueiros erguidos em doce homenagem ao momento mais marcante de suas vidas. O pior melhor. A melhor pior lembrança. Fragmento de algo muito significativo. É muito banal ouvir que esta é uma "história horrível sobre meninas suicidas". Dá vontade de responder, ainda que eu seja homem e um pouco longe de ter 13 anos, que "obviamente você nunca foi uma menina de 13 anos". No fim, tudo se resume no meu pensamento mais óbvio deste mundo: sentar num café com Sofia Coppola. E Nietzsche (ok, mas isso fica para depois).
Diz a pequena Cecilia Lisbon ao médico numa das cenas mais significativas do filme "As Virgens Suicidas", romance de Jeffrey Eugenides, adaptado magistralmente ao cinema por Sofia Coppola (99/00). Um filme de silêncios eloqüentes (aliás como todos os seus filmes) sobre as "Lisbon girls" que não cabiam em si mesmas - pensamento partilhado pela diretora, tenho certeza - venereadas como um segredo misterioso pelos garotos-perdidos do bairro. Engraçado como somos perdidos, nós, os garotos. Cecilia, Lux, Bonnie, Mary e Therese. Sussurros de socorro apenas ouvidos pelos meninos, do outro lado da rua, com seus isqueiros erguidos em doce homenagem ao momento mais marcante de suas vidas. O pior melhor. A melhor pior lembrança. Fragmento de algo muito significativo. É muito banal ouvir que esta é uma "história horrível sobre meninas suicidas". Dá vontade de responder, ainda que eu seja homem e um pouco longe de ter 13 anos, que "obviamente você nunca foi uma menina de 13 anos". No fim, tudo se resume no meu pensamento mais óbvio deste mundo: sentar num café com Sofia Coppola. E Nietzsche (ok, mas isso fica para depois).

 
 
 
 
 

 
 
 
