domingo, 14 de abril de 2013

AMOR PLATÔNICO

Eu devo ser realmente lento para algumas coisas, como já ouvi dizerem algumas vezes, porque demorei para entender como sou completamente capturado e mesmerizado pelo talento, a beleza, a profundidade e a melancolia de Marion Cotillard. Acho que precisei vê-la mais vezes, repetidas vezes, para compreender claramente o fascínio que ela exerce em mim. Independente do papel, seja ele qual for, há um lago de águas calmas no olhar de Marion Cotillard que, ao mesmo tempo, parece esconder um vendaval indomesticável. E que eu sinto vontade de mergulhar nu, de olhos fechados, de me afogar. Há algo velho e secreto a respeito de Marion Cotillard, algo de sonho e de fantasia, uma beleza sem par, algo de brilho e de animal que me prende - e me perde - completamente. E irreparavelmente.

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