Há uma cor. Entre todas as cores. Uma cor que me rouba o sono, os olhos, a serenidade. Uma cor que me quebra o pescoço e me faz mudar o caminho. Uma cor que me corta, feito faca, feito relâmpago. Uma cor que me palpita a caixa guardada dentro do peito. Que me faz tremer, feito criança. Que me desarma, me tira o mistério, me transparece feito vidro. A cor do meu desejo, da sede que habita o meu corpo. A cor da minha voracidade, paixão, entrega. Que me cega. Me doma, me domina, me conquista. A cor que me pacifica, me civiliza, me aprisiona. Vermelho.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
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