Estou apaixonado. É assim que me sinto enquanto sobem os créditos de "Sete Dias com Marilyn" (My week with Marilyn), a história de um rapaz inglês que se envolveu com a produção de um filme da estrela. Mais, a história de um rapaz inglês que se envolveu COM a estrela. A trama relata os bastidores de um filme com Marilyn Monroe e Laurence Olivier e retrata um pedaço da personalidade forte e fragmentada da diva americana já mundialmente famosa e cada vez mais afundada na dependência de remédios.
Dirigido por Simon Curtis, o filme reúne um elenco estelar que inclui Kenneth Branagh, Judi Dench e Julia Ormond. E Michelle Williams no papel principal. E o que dizer de Michelle Williams... em alguns momentos já não é possível distinguir uma da outra. Um absurdo a atuação desta moça que há anos vem mostrando ser um dos tesouros do cinema contemporâneo (ela está imperdível no papel principal de "Blue Valentine", por exemplo).
Bom, a história. Marilyn acaba de chegar ao Reino Unido, provocando um furacão de emoções e revirando egos e fantasias. O encontro com Sir Olivier é complicado, uma espécie de Davi e Golias da dramaturgia: de um lado, um mito Shakespereano; de outro, uma linda moça que apenas sabe ser linda. Mas as arestas vão sendo aparadas e o filme vai sendo produzido. Em paralelo, Marilyn começa a se envolver com o jovem Colin, um rapaz que sempre sonhara em trabalhar com cinema. Mais um de tantos brinquedos de Marilyn, ele pula de cabeça e é completamente devorado pela atriz que, como lhe é habitual, despensa-o com a mesma velocidade com que o seduziu.
É um filme simples, sem grandes pretensões. A direção é elegante, marcada por lindos planos e bela trilha sonora. As atuações são sinceras e há um aroma inegável de homenagem em cada cena, como uma declaração tardia de amor. Mas nada disso daria certo não fosse a atuação magistral de Michelle Williams. Porque ela não está interpretando Marilyn. Ela, simplesmente, É Marilyn de uma maneira que chega a ser desconcertante. É preciso algum esforço, vez ou outra, para enxergar a atriz e não o papel. Ela está perfeita, absolutamente perfeita: o olhar sensual e infantil; os gestos, as poses que a imortalizaram; a voz rouca, os trejeitos. É como se Marilyn estivesse de volta. E, por essas raras horas, ela de fato está.
Há algo que assusta na personificação de Michelle Williams. Ela não atua, ela é
Dirigido por Simon Curtis, o filme reúne um elenco estelar que inclui Kenneth Branagh, Judi Dench e Julia Ormond. E Michelle Williams no papel principal. E o que dizer de Michelle Williams... em alguns momentos já não é possível distinguir uma da outra. Um absurdo a atuação desta moça que há anos vem mostrando ser um dos tesouros do cinema contemporâneo (ela está imperdível no papel principal de "Blue Valentine", por exemplo).
Michelle Williams, no papel de Marilyn: uma aparição
Bom, a história. Marilyn acaba de chegar ao Reino Unido, provocando um furacão de emoções e revirando egos e fantasias. O encontro com Sir Olivier é complicado, uma espécie de Davi e Golias da dramaturgia: de um lado, um mito Shakespereano; de outro, uma linda moça que apenas sabe ser linda. Mas as arestas vão sendo aparadas e o filme vai sendo produzido. Em paralelo, Marilyn começa a se envolver com o jovem Colin, um rapaz que sempre sonhara em trabalhar com cinema. Mais um de tantos brinquedos de Marilyn, ele pula de cabeça e é completamente devorado pela atriz que, como lhe é habitual, despensa-o com a mesma velocidade com que o seduziu.
Ela destruiu os nossos corações enquanto se destruía por dentro. A vela queimando em ambos os lados
É um filme simples, sem grandes pretensões. A direção é elegante, marcada por lindos planos e bela trilha sonora. As atuações são sinceras e há um aroma inegável de homenagem em cada cena, como uma declaração tardia de amor. Mas nada disso daria certo não fosse a atuação magistral de Michelle Williams. Porque ela não está interpretando Marilyn. Ela, simplesmente, É Marilyn de uma maneira que chega a ser desconcertante. É preciso algum esforço, vez ou outra, para enxergar a atriz e não o papel. Ela está perfeita, absolutamente perfeita: o olhar sensual e infantil; os gestos, as poses que a imortalizaram; a voz rouca, os trejeitos. É como se Marilyn estivesse de volta. E, por essas raras horas, ela de fato está.
Muitas mulheres e atrizes a imitaram com muito sucesso. Michelle Williams deu vida à Marilyn
Eis aqui um filme lindo, na ausência de adjetivo melhor. Um filme sobre a beleza que envolvia esse mito. Uma mulher que seduziu o mundo enquanto ruía por dentro. Marilyn se especializou em fazer corações em pedaços na mesma proporção em que se fazia em pedaços. E essa aura melancólica permeia o filme com muita sutileza. Como Marilyn, é um filme incandescente, que brilha em todos os seus segundos, mas escondendo algo que jamais saberemos ao certo. A tristeza de Marilyn, a profunda melancolia que a matou.
No fim das contas, um retrato fiel de um encontro real, efêmero e impossível como um sonho. Que me fez acreditar que Marilyn está viva e que somos contemporâneos. E que, quem sabe, poderei vê-la novamente. E assim, cá estou eu, como um dos milhares de rapazes dos anos 50. Perdidamente apaixonado por aquela estrela radiante na tela. Aquele objeto inatingível, inalcançável. Aquela deusa imperfeita, preciosa. Cá estou eu, suspirante, inocente, sonhando acordado com estas duas horas inesquecíveis que passei com Marilyn...
Quanta saudade.
O que mais dizer... acho que estou apaixonado. Como nossos pais, como nossos avós estiveram um dia
No fim das contas, um retrato fiel de um encontro real, efêmero e impossível como um sonho. Que me fez acreditar que Marilyn está viva e que somos contemporâneos. E que, quem sabe, poderei vê-la novamente. E assim, cá estou eu, como um dos milhares de rapazes dos anos 50. Perdidamente apaixonado por aquela estrela radiante na tela. Aquele objeto inatingível, inalcançável. Aquela deusa imperfeita, preciosa. Cá estou eu, suspirante, inocente, sonhando acordado com estas duas horas inesquecíveis que passei com Marilyn...
Quanta saudade.