quarta-feira, 13 de março de 2013

VENCIDO PELA VERGONHA ALHEIA

Juro que tentei. Juro. Adoro a história, a peça original da Broadway (amo o período da Revolução Francesa) e, confesso, tenho um fraco por (bons) musicais - algo que não interfere nem atinge a minha masculinidade em absoluto. Mas não consegui com esta versão cinematográfica de "Os Miseráveis". Acompanhei o burburinho com grande expectativa, li resenhas, vi trailers e sentei com grande expectativa (teria sido esse o erro?) para ver o filme e não consegui aguentá-lo por mais de uma hora. A fotografia é bela, claro, o mesmo digo sobre a música, a caracterização, todos os valores de produção que são inquestionáveis. Mas fui vencido pela vergonha alheia. Não sei quem me venceu, porém; se foi o Russel Crowe se esguelando como Javert, se o exageiro do Wolverine (ops), Hugh Jackman, como Jean Valjean ou se o esforço quase desconfortável da (querida e maravilhosa) Anne Hathaway que, a cada segundo de canto, me dava a sensação do tipo "não queria estar cantando...". Nem na célebre "I dreamed a dream" que foi-se embora pelo ralo. Ou tudo isso. Provavelmente. A verdade é que não deu para mim. Admiro e parabenizo quem viu, amou e se comoveu com este "Lesmis" - talvez me esteja faltando sensibilidade (difícil, acho, mas vai saber?). Mas, realmente, não recomendo. Escolha a versão com Gerard Depardieu - ou o musical da Broadway.

Nenhum comentário: