quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MEU HERÓI NÃO É IMORTAL

Revendo "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (o quarto da série) consegui compreender, mais claramente, o porquê de eu me sentir tão dividido em relação a este filme. Gosto e não gosto dele. Como fã, naturalmente, adorei o filme e a possibilidade de acompanhar mais uma aventura de Indy que, de todos os meus heróis, sempre ocupará a posição número 1. Mas, justamente como fã, há algo no filme que me é completamente devastador. Constatar que Indy não é imortal e que, como todos os homens, também ele envelheceu. Ele não decepciona, claro, nunca! E dá conta do recado 99% das vezes. Ainda mostra vigor, força. Continua charmoso, engraçado; não há como dizer que aquele ali na tela não é Indiana Jones.

Meu maior herói também envelheceu...

Mas é que, apesar de ser Indiana Jones, ele não é mais o jovem Indy da trilogia clássica. E mesmo torcendo por ele, neste último filme, não foram poucas as vezes em que senti um desejo desesperado de entrar na tela e pedir para que os vilões não batessem nele, não o machucassem demais. "Será que vocês não percebem que não podem mais tratá-lo desta maneira?!", queria muito dizer para os russos que, como os nazis, não demonstram nenhuma compaixão. Indy está velho. Mais frágil, mais cansado, demonstrando mesmo no seu sorriso mais heróico, que o tempo também passou para ele.

É uma constatação boba, óbvia, quase banal.
Indiana Jones não é mais jovem. Eu sei. Só não quero pensar muito sobre isso.

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