segunda-feira, 3 de março de 2008

NO FIM, O SILÊNCIO


Eis o que nos dá Norman Mailer ao final de sua última obra, "O Castelo na Floresta". Narrado pelo demônio de segundo escalão, "Dieter", o romance nos apresenta a infância e adolescência de Adolf Hitler e tempos anteriores até o seu nascimento. No caminho, discussão sobre a perversão, o incesto, desvios morais e de caráter e a pura e simples maldade em sua essência. O diabo, "o Maestro", possuia um interesse no jovem Hitler e o que ele faria nos anos por vir para auxiliar os planos do Mal na terra. A narrativa envolvente de Mailer é uma montanha-russa de sensações que vão da euforia ao asco em uma mesma página. E quando menos esperamos, talvez até ingenuamente aguardando respostas, ele encerra sua história como se batendo uma porta contra a nossa cara. E para nós, leitores, que recebemos os educados agradecimentos do melancólico demônio Dieter pela leitura, a reflexão que nos parece mais adequada, quando tentamos parar para entender o que foi Adolf Hitler:

“O que permite a sobrevivência dos demônios é que eles são suficientemente sábios para compreender que não há respostas, apenas perguntas”.

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