Há algo lindo, delicado e misterioso a respeito dos cães. Só quem os ama, verdadeiramente, entende a profundidade desta relação mágica que temos com esses encantadores animais que muito têm a nos ensinar sobre "sermos humanos". O final da leitura do livro "Marley & Eu" me trouxe risos e lágrimas. Não pelo lirismo, pela poesia, pela literatura. Mas pela pureza, a doçura, o amor verdadeiro, incondicional, ali descrito. É possível, é muito possível, amar um cachorro maluco, destruidor de objetos e mal-educado. Por que eles são mais do que isso. Eles são o fio que narra uma época em nossas vidas. Estão na terra para atravessar uma curta jornada que dura pouco mais de uma década e fazem de cada dia vivido a experiência apaixonada de nos esperar voltar, à noite. Nos despedirmos deles é uma tarefa impensável. É um pedaço que se desfaz, é o coração quebrado em mil pedaços. Dizer adeus ao cão que amamos é abandonar grande parte de nós mesmos em algum tempo perdido. Essa relação de amor, cumplicidade, fidelidade, é como se Deus nos permitisse comunicar com seus mais queridos anjos, enviados à Terra para nos fortificar a certeza que há um céu a ser vivido. Às vezes me pego observando um cachorro olhando para o alto. Eles não devem contemplar as estrelas à toa. Eles sentem saudade. E por isso tão cedo Deus os chama de volta. Por que é impossível viver longe deles.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
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