domingo, 16 de fevereiro de 2014

GIFS DA DEPRESSÃO

Desmarcam no último segundo um compromisso que eu não queria ir...


GIFS DA DEPRESSÃO

O meu feed no Facebook está recheado de "viagens inesquecíveis", "#nofilters", "melhores empregos do mundo", "academias em dia" e "namoros de contos de fadas".


GIFS DA DEPRESSÃO

Abro a janela depois de um feriado (ou final de semana qualquer)...

GIFS DA DEPRESSÃO

Minha mãe vem visitar no Natal...

Ela:

Eu: 

"EM UM MUNDO..."


Eu tenho dado muita sorte com filme, ultimamente. Tenho feito escolhas quase randômicas e os resultados tem sido excelentes. O último foi "In a World", que conta a história de uma mulher (Lake Bell) que tenta ganhar a vida como narradora de trailers num universo dominado pelas vozes masculinas. Filme excelente, roteiro leve, texto inteligente, divertido e estrelado por esta criatura de outro planeta. Onde é que Lake Bell se escondia que só agora eu fui achá-la??

"ÁLBUM DE FAMÍLIA"


A primeira coisa a ser dita sobre "Álbum de Família" (August: Osage County) é que, Meryl Streep prova, a cada novo papel, que ela é uma das coisas mais importantes da civilização ocidental. Realmente, não há limite para o talento desta mulher. 

Aqui, ela interpreta Violet, uma mãe amargurada e de língua afiadíssima, que se vê novamente cercada por suas três filhas no momento em que "perde" seu marido. Violet, ainda por cima, está morrendo de câncer e, ao invés de aproveitar a presença da sua família como um bálsamo para a sua dor, ela dedica o seu tempo a humilhar, julgar e criticar todos ao seu redor. 

Mas o filme não quer que você odeie Violet, ou a rotule como a "vilã". A história retrata uma família caótica, complexa, cheia de esqueletos no armário. Como a sua, como a minha. E Violet é ela mesma vítima de um ciclo venenoso em que os pais passam adiante o lixo dos seus pais. Não raras são as vezes em que ela lembra como a sua própria mãe era terrível - uma cena em particular é de cortar o coração. Assim, portanto, este filme é um retrato fiel, cru, sem disfarces, de como as famílias são: esse encontro aleatório de pessoas que partilham os mesmos genes.

Filme belíssimo, tocante, comovente e engraçadíssimo em alguns momentos, quase sempre por conta da língua incontrolável de Violet que não faz nenhuma cerimônia sobre as suas opiniões. Um filme doído, de atuações muito sinceras (Julia Roberts com a cara limpa, sem uma gota de maquiagem, dá um show como a irmã do meio, Barbara). 

Qualquer pessoa que assistir a esse filme se identificará com algo, eu não tenho a menor dúvida. Porque não há nada ali que, de uma forma ou de outra, não tenhamos nós mesmos visto em nossas famílias. E o que a gente faz? Foge? Compra outra família? Apaga e faz de novo? Pois é. 

Filme maravilhoso e imperdível.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

GIFS DA DEPRESSÃO

Prometo que vou me exercitar mais em casa...

GIFS DA DEPRESSÃO

Uma pessoa muito suspeita passa por mim na rua, mas não faz nada...


GIFS DA DEPRESSÃO

Já são 13h30 da tarde, eu não almocei, e a reunião não tem nem perspectiva de acabar...

GIFS DA DEPRESSÃO

Todos os meus amigos estão casando e/ou sendo promovidos e/ou comprando apartamento...

GIFS DA DEPRESSÃO

Chego na garagem do prédio e entro no elevador, mesmo vendo que um vizinho está se aproximando...


Sad, but true.

GIFS DA DEPRESSÃO

Uma pessoa que eu não conheço direito decide compartilhar informações íntimas demais...

GIFS DA DEPRESSÃO

O(a) chefe liga das férias perguntando "se está tudo bem por aí?"


E aí, depois...


Quem nunca?

GIFS DA DEPRESSÃO

Preciso fazer pose para uma foto...

GIFS DA DEPRESSÃO

Preciso fazer (eu mesmo) um conserto em casa...


PARA VER E OUVI: KAREN O. ("THE MOON SONG")

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

GIFS DA DEPRESSÃO

Então lembro que falta tão pouco para a estréia da 4a Temporada de 'Game of Thrones'...

 E eu não vejo a hora de enfim VER tudo o que eu já li sobre a Dany...

 E sobre a rainha Cersei...

E sobre a Arya, meu Deus...

Aliás, sobre tudo...

GIFS DA DEPRESSÃO

O(a) chefe está circulando por volta das 18h00 na sexta-feira...


GIFS DA DEPRESSÃO

Tomo uma coca-cola estalando de gelada quando estou morrendo de sede...

GIFS DA DEPRESSÃO

Vejo alguém empolgado dizendo que "hoje é Valentines Day!"

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CÃES E GATOS 2



Continuo defendendo que o gato é o melhor companheiro. E ponto final.

CÃES E GATOS



A eterna injustiça com os pobres gatinhos... mas o vídeo é hilário.

GIFS DA DEPRESSÃO

Uma colega de trabalho volta da licença maternidade e vem apresentar o neném...


GIFS DA DEPRESSÃO

Alguém fala "menas" perto de mim...

Alguém fala "houveram" perto de mim...

Alguém fala errado perto mim, seja lá o que for...

GIFS DA DEPRESSÃO

Chega o dia de pagar o aluguel...

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

APENAS UMA PORTA?

O designer austríaco, Klemens Torggler, está reinventando a porta, a partir de um estudo sobre a rotação de dois quadros, de um lado para o outro, sem a necessidade de trilhos ou dobradiças. Via Zupi.

Em outras palavras, os designers comandam.

GIFS DA DEPRESSÃO

Vendo filme romântico com outras pessoas por perto...

Vendo sozinho...

True story.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

GIFS DA DEPRESSÃO

Minha primeira reação, quando cai o sinal da internet (serve para energia elétrica também)...

GIFS DA DEPRESSÃO

A pessoa da frente, na fila do restaurante a quilo, não para de conversar...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

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Aquele colega de trabalho chato vem pedir algo que eu não tenho como negar...

GIFS DA DEPRESSÃO

Um estranho puxa conversa e decide me contar algo ou comentar qualquer coisa...


GIFS DA DEPRESSÃO

O relógio marca 18h00, na sexta-feira, e é hora de ir embora...

PARA VER E OUVIR: COEUR DE PIRATE ("SUMMER WINE")

PARA VER E OUVIR: COEUR DE PIRATE ("PLACE DE LA RÉPUBLIQUE")

"HER" VS "LOST IN TRANSLATION"


É lógico que tive que ver "Her" mais uma vez - seria impossível não fazê-lo. E, ao rever o filme de Spike Jonze, comecei a elaborar uma "teoria da conspiração". Engraçado que "Her" me remeteu imediatamente ao "Lost in Translation", de Sofia Coppola. Há muitas semelhanças estéticas, de roteiro, fotografia, trilha sonora inclusive. Os filmes são sem dúvidas muito semelhantes - sob muitas perspectivas. Mas aí é que está a raiz da minha teoria: à primeira vista, "Her" me pareceu ser o "Lost in Translation" de Spike Jonze mas, em verdade, acho que o filme é uma resposta à Sofia Coppola.


Vamos lá.

A trama de "Lost in Translation" gira em torno do encontro entre Charlotte e Bob que se descobrem "perdidos na tradução" numa Tóquio caótica e lindamente melancólica. Charlotte vive um casamento decadente, com um marido fotógrafo e negligente (e certamente infiel). Ela então se vê sufocada num relacionamento viciado e infeliz, o que acaba sendo o gatilho para o seu "envolvimento" com Bob, um ator de meia idade, e igualmente infeliz, que vai ao Japão filmar um comercial de whisky. Na época, muitas pessoas disseram que o filme era uma crítica velada de Sofia Coppola ao seu ex-marido (Jonze) que tinha comportamento muito semelhante. E o que acabou levando os dois a se separarem.


Então observamos "Her", onde um homem - que não nega ser um negligente emocional - vive o drama de uma separação com uma mulher "que vem de uma família que sempre a cobrou muito", "uma artista que fez com que ambos se influenciassem mutuamente" e que, numa cena emblemática (o almoço de assinatura do divórcio) diz que "nunca seria uma típica esposa de Los Angeles". Será que é coincidência, ainda, que a atriz que vive a sua ex-mulher é magra, morena de ar melancólico?


Theodore reconhece todos os seus erros, todas as suas falhas como ser humano que, justamente, o tornaram incapaz de lidar com sentimentos reais (e acabaram levando-o a relacionamento surreal com Samantha, o seu computador). Theodore reconhece que foi um marido ruim, que fez sua mulher sofrer, que foi um marido ausente e negligente. E, nessa ótica, muito mais que uma "resposta", "Her" me parece um pedido de desculpas à Sofia. Consciente, ou não, mas isso pouco importa.

Seja lá o que for, ou mesmo que tudo isso não passe de conjecturas de um fã ardoroso de ambos os diretores, a verdade é que esses dois filmes são perfeitos, emblemáticos, inesquecíveis, que me marcaram profundamente a alma; e que, como inteligências paralelas, conversam, convivem, existem juntos num plano das ideias.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

O "LOST IN TRANSLATION" DE SPIKE JONZE

"Her", do Spike Jonze é um filme importante. 

Eu poderia falar apenas isso, seria o suficiente. Mas ao mesmo tempo, há tanto a dizer sobre esse filme incrível; doloroso, melancólico e lindo. Este é, para mim, o "Lost in Translation" de Spike Jonze que, não por acaso, é ex-marido de Sofia Coppola e narra uma história de silêncios que bem poderia se passar em Tóquio e ser estrelada pelo Bill Murray - detalhe que o filme é, inclusive, co-estrelado por Scarlett Johansson.

Ok. Vamos lá. Em linhas gerais, porque nem sei o quanto quero entregar desse filme precioso. Essa é a história de Theodore, um escritor que ganha a vida produzindo cartas românticas numa empresa de comunicação de um futuro distante (mas não tão distante assim), onde as pessoas tem as suas vidas organizadas por um sistema operacional responsável por absolutamente tudo.

Nesse contexto, Theodore conhece Samantha, seu novo OS (basicamente, o seu novo computador). "Ela" é uma tecnologia de ponta que promete ser a última fronteira da inteligência artificial. Rapidamente, Samantha se "apodera" da vida de Theodore e inevitavelmente eles se "apaixonam". 

Theodore é um homem solitário, silencioso, que vem sobrevivendo a um divórcio há meses; e simplesmente não consegue sair do limbo das lembranças passadas (perdidas) e seguir em frente com a sua vida. É nesse cenário desolado que surge Samantha, como um raio de luz e esperança, que o faz perder a cabeça por ela que nada mais é que uma voz rouca, sussurrando em seu ouvido o dia inteiro; como uma consciência, eternamente presente, e em nenhum lugar a ser achada.

Será mesmo?

"Her" é um filme absurdamente belo, profundo, poético, filosófico, devastador pelas melhores razões. Uma obra de arte, uma obra prima, um questionamento maravilhoso sobre o que estamos fazendo das nossas vidas (e dos nosso relacionamentos). Uma metáfora que atingirá qualquer pessoa, sem exceção. Um convite agridoce a nos olharmos no espelho, sem roupa, sem pudor. 

Simplesmente perfeito. Além de perfeito. 

Como diria Samantha "são emoções que eu nem sei descrever; talvez não haja palavras para isso".

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

THE GRAND BUDAPEST HOTEL


Novo filme do Wes Anderson + Bill Murray. Eu nem precisava ter visto o trailer...

GIFS DA DEPRESSÃO

Então me pego pensando como será a minha vida amorosa no futuro...
Como - provavelmente - será...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

EIS A PROVA...


...de que eles não passam de gatos gigantes...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O DESPERTAR DE MARIA

Maria despertou com um susto; engasgando com a sua própria saliva, o travesseiro num charco de suor. O pesadelo ainda estava vivo, flutuando sobre os seus poros abertos, e o silêncio da madrugada fazia aquelas imagens pulsarem em sua mente como coisa viva. 

De repente, de uma hora para outra, ela era uma mulher de meia idade, infeliz, aprisionada num casamento medíocre, numa vida sem finalidade, vivendo a eternidade de dias iguais, repetidos. Olhava o seu rosto no espelho, flácido; as mãos enrugadas, o cabelo seco, quebradiço. O corpo sem forma. 

"Quem é esta mulher no espelho?", perguntava-se em desespero.

O terror daquele sonho é que ela não tinha noção de que cadeia de eventos a tinha conduzido até ali. Nas suas memórias mais recentes, ela estava tomando banho de cachoeira com as suas melhores amigas. Os corpos na flor da idade, escondidos por roupas de banho minúsculas. Os beijos inocentes nos  meninos; as músicas, as danças, os cigarros roubados. Os braços de Michel, do lindo Michel, envolvendo o seu corpo enquanto atravessavam a rua, imprudentes. O seu cabelo desgrenhado, a camisa listrada, a alegria de ser jovem e irresponsável. Era aquela a sua vida.

Respirou fundo, numa tentativa de acalmar o seu peito. E caminhou lentamente até o banheiro, de olhos fechados, como num filme de terror. Tinha medo de abri-los e descobrir que não era um sonho. Acendeu a luz e então encarou a realidade. 

Um suspiro de alívio tomou conta do seu corpo, feito remédio.

Era ela. Ainda era jovem, linda, com uma vida inteira pela frente. Naquele quarto imenso, da casa dos seus pais, num emaranhado de vestidos e sapatos espalhados pelo chão; da noite anterior, antes de sair com as suas amigas. 

"Eu devo ter bebido demais", sussurrou para si mesma. 

Caminhou pelo quarto, ensaiando passos de dança, tomada por uma felicidade genuína; aquela sensação de eternidade que embriaga tanto quanto bebida. Maria tinha a vida pela frente, novamente, feito um milagre; para fazer as melhores e piores escolhas. E uma eternidade de anos que nunca passariam.

Mas havia algo estranho, que ela insistia em não admitir para si mesma.

Aquele não era o seu quarto.

Abriu os olhos com um susto. Olhou para o lado, para encontrar o seu marido num sono profundo. Pulou da cama e correu para o banheiro, acendendo as luzes com desespero. E se olhou, como se nunca tivesse visto o seu reflexo antes.

"Meu Deus, esta sou eu". 

Tocava o seu rosto, numa tentativa infantil de se beliscar para acordar. Em vão. A única coisa que conseguia era deixar suas bochechas vermelhas. Então percebeu a torrente de lágrimas que despencava do seu rosto, numa tempestade de tristezas; da constatação do inevitável. Ela era aquela mulher infeliz, de meia idade, aprisionada numa vida que já tinha passado.

"Por favor, Deus, por favor, me faça acordar".

Sentou-se no vaso, engasgando na sua angústia, sentindo um desespero esquizofrênico, repentino, que havia tomado-a de assalto. É como se ela tivesse percebido que não tinha registro da sua vida. Ela havia despertado para aquela constatação. 

"Por favor".

Caminhou cabisbaixa de volta para a cama; os pés arrastando no chão. O rosto ensopado de lágrimas e suor, o cabelo grudando no rosto; como se estivesse derretendo. Então sentiu uma mão em seu ombro, puxando-a com força. Virou-se como se a vida estivesse em câmera lenta e ficou cega por um milésimo de segundo, quando uma luz branca tomou conta de tudo ao seu redor. 

"Vovó, você estava tendo um pesadelo", a menina dizia ao pé da sua cama.

Maria abriu os olhos, lentamente, e se descobriu naquele quarto de tantas décadas; tomado por fotografias e cheiro de coisa envelhecida. Sentou-se, com dificuldade, e acariciou a menina no rosto. Lembrou de Michel, das cachoeiras, dos cigarros, da música, da dança. Suspirou, de olhos fechados, por alguns instantes.

Lembrou de tudo.

"Agora eu já despertei", respondeu. 

A menina estava certa. Tudo aquilo havia sido um pesadelo.

"Mas passou".

"Passou".

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A MÃE

Confesso que há algum tempo eu já não tenho mais muita paciência para "How I Met Your Mother". O show ficou monótono, repetitivo, sem graça - o que é uma pena, porque ele brilhava até a 5o temporada, com um texto afiado e situações que equilibravam riso e lágrima sem esforço. Acho que, no fim das contas, foi a tal vontade conhecer a bendita da Mãe que me fez seguir - e continuar até agora nesta reta final. E, como a maioria dos fãs, eu me surpreendi - negativamente - quando ela foi enfim apresentada. Quando nós, enfim, a conhecemos. "Então é ESSA a mãe por quem esperamos 9 anos?", todos se perguntaram em seus sofás. Mas então vem um episódio como este último, o 16, e tudo muda completamente. Ted nunca quis a mulher perfeita; nem a mais bonita. Ele apenas queria encontrar a sua metade, uma mulher de coração bom e alma leve, a mãe dos seus filhos, alguém com quem ele pudesse dividir a vida, desfrutar da companhia; alguém que o fizesse rir. E agora ficou claro que ela, contra todas as críticas, é tudo isso - e muito mais. E, após 9 anos, vem um sentimento feliz e reconfortante de enfim tê-la conhecido. Os dois merecem, muito, esse encontro.

FUMAÇA E ESPELHOS


Ela chegava, diante dos seus olhos apaixonados, coberta de luz; um ar inquestionável de mistério e divindade, os cabelos negros feito a noite cascateando sobre os ombros nus, brancos, sustentados por um corpo envolto num traje de couro e veludo. Uma rainha negra, uma bruxa, coisa etérea. 

Uma feiticeira.

E ele ficava ali, maravilhado, sentindo os seus olhos incrédulos, cobertos de lágrimas, a cada movimento, a cada passo, a cada passe de mágica. Tudo o que ela fazia era feitiço, equilibrismo, alquimia; e, pouco a pouco, virou uma doce obsessão. Sua musa, sua fotografia mental que não abandonava os seus pensamentos, aquela criatura de fogo e sombra, com quem ele sonhava acordado dioturnamente. Aquela mulher que havia roubado sua inocência, sua honestidade.

Aquela ilusionista.

Ele contava os dias em que conseguiria vê-la; aquelas aparições raras. E combatia o relógio em seu pulso, que teimava em impedir a chegada do aguardado momento. Aquele encontro de mudez, em que ele a veria novamente; em que ela estaria ali, ao alcance do toque dos seus dedos. Quando ela seria só sua. Hipnose, derretimento, fantasia, desejo, incompreensão. Aquela mulher estranha, aqueles olhos felinos, aquele corpo centauro, uma pulsão que corroia as suas entranhas, objeto de desejo. Sua harpia, sua medusa, sua rainha.

Até que algo aconteceu. Ele só não sabia ao certo o quê. Talvez ele tenha visto os animais escondidos nos fundos falsos dos seus truques de araque; os alçapões camuflados, as cortinas que já não guardavam tão bem os seus segredos. Talvez ele tenha enfim conseguido enxergar a farsa. 

Ou talvez ele simplesmente tenha amadurecido. A verdade é que depois que o mistério se desfez ela nunca mais foi a mesma. E pouco a pouco, lentamente, foi ele quem concretizou a maior ilusão de todas.

Fazê-la desaparecer.

Essa é uma triste história sobre o desapaixonamento.

Aquela mulher era somente fumaça e espelhos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

TRAILER DE "A CULPA É DAS ESTRELAS"


O livro de John Green, "A culpa é das estrelas" (The Fault in our Stars), vai virar filme (com estreia prevista para junho). Uma história de amor que nasce onde já não se imaginava haver vida. Parece ser um espremedor de lágrimas. Esperar para ver.

O RELÓGIO PLANETÁRIO



O sensacional relógio da Van Cleef & Arpels, apresentado no Salão Internacional de Genebra e parte de uma coleção chamada "astronomia poética". Pela "bagatela" de quase 250 mil dólares, eis o relógio mais incrível deste mundo. E de qualquer outro.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

PARA VER E OUVIR: SARA BAREILLES ("BEAUTIFUL GIRL")


É um crime essa canção não ter entrado no "The Blessed Unrest".