sábado, 21 de novembro de 2015

AMOR, COMO ELE É


"Love", de Gaspar Noé, é um filme controverso, sem dúvidas. E assustará muita gente com as cenas completamente explícitas de sexo, costuradas num contexto delicado, humano, e que retrata a vida como ela é: casais [perdidamente] apaixonados fazem sexo, incansavelmente; e esse filme consegue transportar para a tela essa ideia. Estar, amar, pertencer a alguém. 

É algo que pode ser tão complicado, "que talvez fosse melhor nunca ter amado", diz um dos protagonistas, Murphy, um estudante de cinema que vive em Paris e se apaixona de forma devastadora - por uma mulher que ele jamais conseguirá esquecer.

Há um filme de uma beleza absurda, que por muitas vezes me parecia um sonho, por trás da ideia de que "este é um filme de sexo explícito". Não há porque ter resistência a ver, na tela, algo tão natural: amar, com toda a sua intensidade, dor, paixão, fluidos, lágrimas, entrega, raiva, medo. 

"Love" mostra o amor como ele é, com toda a sua beleza e toda a sua melancolia.

Belo, belíssimo filme.

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