domingo, 31 de maio de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
domingo, 24 de maio de 2015
GIFS DA DEPRESSÃO
O feed do Instagram tem 500 fotos de um (a) mesmo (a) amigo (a) que está viajando...
Tem foto da praia, da água, da areia, da sombra, do coco, do pé na água, do pé na areia...
Tem foto da igreja, da porta, da janela, do teto, do chão, do tapete...
Eu no museu, eu no parque, eu na rua, eu no hotel, eu na janela, eu na varanda, eu no monumento...
#nofilter, #fun, #trip, #beach, #love, #friends, #food, #party, #shopping
E você não pode deletar a pessoa porque acontece de ser um (a) amigo (a) próximo (a) e ainda tem que curtir as fotos porque pegaria mal se não fizesse...
#IDONTGIVEASHIT
quarta-feira, 20 de maio de 2015
PARA VER E OUVIR: ASTRONAUT HUSBAND ("SOMEDAY SUN")
Oficialmente parte da trilha sonora do meu filme imaginário.
terça-feira, 19 de maio de 2015
A LUTA MAIS IMPORTANTE DA FICÇÃO
No ano que vem, após uma espera sem fim, chegará aos cinemas "Batman vs Superman", filme que retratará um dos mais importantes (se não o mais importante) confrontos entre personagens ficcionais de todos os tempos: o Cavaleiro das Trevas contra o Homem de Aço. No universo dos quadrinhos isso já foi explorado, como na série do Frank Miller (que aparentemente inspira muito do enredo) e, 'supostamente' o Batman consegue vencer o Super-Homem.
Eu sou um fã irrecuperável do Batman, acho que ele será para sempre o meu herói favorito e um dos personagens mais importantes e significativos da minha [complexa] alma nerd. E eu acredito que a luta será incrível, intensa, do primeiro ao último segundo. Apesar de 'apenas humano', ele tem uma série de qualidades que fazem dele o Batman, como domínio de artes marciais, inteligência aguçada, uma fortuna que o permite ter todo tipo de tecnologia e equipamentos. Em outras palavras, ele é capaz de olhar o Superman de igual para o igual e encarar o desafio.
Só tem um problema... o Superman, afinal, é o Superman...
Esperar para ver.
Para quem não viu o trailer, ainda ['ugly baby is judging you']:
segunda-feira, 18 de maio de 2015
ILUSTRANDO
Criações genais do ucraniano Alexey Kondakov (original via Zupi) que une pinturas clássicas a cenários urbanos.
O NORTE LEMBRA...
Ainda estou tentando me recuperar do soco na barriga, dado sem misericórdia, pelo episódio 06.05 de "Game of Thrones". A distorção da realidade do livro para a criação de uma cena - na TV - completamente trágica, desoladora. "O Norte lembra", até quando ainda houver alguém para lembrar.
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domingo, 17 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
"AND I MEAN TONIGHT, MOTHERF*CKER!"
Cena clássica de "Desconstruindo Harry" - meu filme preferido do Woody Allen (de longe). Essa cena para mim é uma das coisas mais hilárias que eu já vi em toda a minha vida. Palmas para o dueto Allen e Alley.
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domingo, 10 de maio de 2015
A HISTÓRIA MAIS BONITA DO MUNDO
Uma das maiores preocupações da minha mãe era que eu não achasse ninguém. Que eu vivesse uma vida solitária, sem filhos, sem deixar nada; que eu passasse em branco. E eu me esforçava, sem muito sucesso, em tranquilizá-la.
"Conheci alguém, mãe", eu mentia, "mas não deu certo".
E via o seu sorriso se iluminar e murchar numa fração de segundos. "Não se preocupe tanto em achar a mulher certa, meu filho", ela me dizia. "Mas em ser o homem certo". E tocava o meu rosto com delicadeza, um sorriso doce, para me confortar.
A verdade é que eu nunca dei muita bola para isso. Mas queria dar a ela esta alegria. Nós dois sabíamos que ela não viveria muito mais tempo - todos aqueles estados avançados nos exames não deixavam muita esperança.
Minha mãe optou morrer perto do mar. Exausta, as pernas já quase não a sustentavam em pé, pediu que eu a levasse para a beirada naquele último dia. E ficou ali, sentada, a água do mar quebrando gentilmente na praia, cobrindo o seu corpo até a cintura.
Ela sorria, pela primeira vez em tanto tempo, brincando com a areia úmida entre os seus dedos, reclinando a cabeça para trás, para absorver o sol. O cabelo ralo, sem cor, dançando no vento, e uma sensação de gratidão que parecia emanar dos seus poros.
Ela sorria, pela primeira vez em tanto tempo, brincando com a areia úmida entre os seus dedos, reclinando a cabeça para trás, para absorver o sol. O cabelo ralo, sem cor, dançando no vento, e uma sensação de gratidão que parecia emanar dos seus poros.
"Obrigada, meu filho".
E eu fiquei ali, chorando em silêncio, sem saber que também estava dizendo adeus.
* * *
A minha mãe morreu sem me ver conquistar nada. Carreira, casamento, meus filhos. Ela foi embora deste mundo enquanto eu ainda era um jovem sem planos, cheio de ideias perdidas e rumo não definido. Ela foi embora apenas com as minhas promessas.
Já são tantas décadas, mas é engraçado como o tempo passado não deixa o olho secar. E, nos meus devaneios mais sinceros, ainda consigo sentir o cheiro da maresia daquele último dia. E vejo a minha mãe, ali, frágil, sentada, acenando e sorrindo.
Enxuguei os olhos, pus as fotografias de lado e me ajoelhei com os braços sobre a cama; decidi falar com Deus, como há tanto tempo eu não fazia. E fiz uma prece sincera, no apagar das luzes do quarto, para que ele me levasse num sonho para algum lugar onde a minha mãe estivesse, e que eu pudesse segurar na sua mão uma última vez e contar a ela sobre tudo. E vê-la sorrir, sem deixar seu sorriso murchar.
O vento mexia suavemente a cortina do quarto. Olhei para o lado, a minha mulher dormindo profundamente, a areia do sono começando a nublar as minhas ideias. Adormecendo.
Então um som de gaivotas, naquela sinfonia caótica e nostálgica.
E um barulho de mar, quebrando na praia, preguiçoso.
Um vento forte, frio, invadindo a minha roupa,
deixando os meus pensamentos salinos.
deixando os meus pensamentos salinos.
A areia morna, sob os meus pés descalços.
Eu estava na praia. Na manhã do dia em que a minha mãe se foi. Olhei para os lados, afoito, eu havia entendido tudo. A minha prece tinha sido atendida. Mas ela não estava em canto algum.
Até que eu vi uma menina, talvez com pouco mais de seis anos de idade, brincando na areia. Silenciosa, os olhos expressivos, gigantes; o cabelo escuro feito petróleo. As mãos pequeninas, delicadas, fazendo castelos mal planejados.
Foi então que ouvi alguém gritando um nome, e ela se virou. E eu entendi, no caleidoscópio esquizofrênico de pensamentos e sensações, que aquela menina, na areia, era a minha mãe.
Foi então que ouvi alguém gritando um nome, e ela se virou. E eu entendi, no caleidoscópio esquizofrênico de pensamentos e sensações, que aquela menina, na areia, era a minha mãe.
Sorri, numa mistura de riso alto e choro sincero. E caminhei lentamente até a direção dela. A minha sombra chamou a sua atenção quase que imediatamente, mas antes que ela pudesse esboçar qualquer reação, eu me antecipei:
"Você está fazendo castelos de areia?", perguntei.
Ela me olhou, um quê de surpresa, um quê de curiosidade.
"Sim", sorriu, "mas eles não ficam de pé".
E então a água veio e cobriu seus castelos, transformando-os em nada, mais uma vez. Fazendo seu sorriso murchar.
Sentei na areia e começamos a fazer castelos juntos, empilhando a areia fofa, criando cidadelas imaginárias, com ruas, torres e jardins. Nossas mãos se misturando na areia, nossos risos abafados pelo barulho das ondas quebrando na praia.
"Eu conheci uma mulher maravilhosa", disse, repentinamente.
Ela me olhou, sem entender muito bem.
"E vocês se casaram e tiveram muitos bebês?", ela perguntou.
"Sim", respondi, rindo e enxugando os olhos com mãos cheias de areia.
E ficamos ali, juntos, conversando e eu devo ter contado sobre tudo da minha vida para aquela menina que pouco compreendia, mas sorria, os olhos semi-cerrados sob a luz do sol, dizendo que eu era ainda pior que ela em fazer castelos de areia.
E ficamos ali, juntos, conversando e eu devo ter contado sobre tudo da minha vida para aquela menina que pouco compreendia, mas sorria, os olhos semi-cerrados sob a luz do sol, dizendo que eu era ainda pior que ela em fazer castelos de areia.
Novamente chamaram o seu nome. Ela virou o rosto e se levantou, me abraçando por um longo tempo. E saiu correndo, parando no meio do caminho para acenar. E eu fiquei ali, com as mãos afundadas na areia, tomado por uma dose de perplexidade que parecia me engolir de dentro para fora.
E a menina correu até desaparecer, diante dos meus olhos incrédulos.
Então o despertador me tirou dali, como quem é puxado da água. Abri os olhos, lá estava o meu quarto; a minha mulher já havia levantado como sempre fazia; os barulhos da cidade começando a invadir o quarto.
Levantei, ainda letárgico, depositando os pés sobre o assoalho frio. E, com as duas mãos sobre o rosto, devo ter ficado ali, pela eternidade de alguns minutos, saboreando os instantes daquele sonho que já começava a sumir diante dos meus pensamentos sóbrios.
Levantei, ainda letárgico, depositando os pés sobre o assoalho frio. E, com as duas mãos sobre o rosto, devo ter ficado ali, pela eternidade de alguns minutos, saboreando os instantes daquele sonho que já começava a sumir diante dos meus pensamentos sóbrios.
* * *
Você pode não acreditar em nada disso que eu acabei de contar. E achar pretensioso da minha parte, até. Não te julgo. Mas esta é a história mais bonita do mundo.
Para mim ela é.
sábado, 9 de maio de 2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
A VIDA DEPOIS DE PIA
Há pouco mais de um ano, eu recebi uma notícia que mudaria a minha vida para sempre. Uma ligação, um punhado de palavras entrecortadas por suspiros de medo e dúvida; um acidente, uma surpresa.
"Eu não sei o que fazer", você me disse.
E eu me vi ali, com os ponteiros do meu relógio paralizados; a respiração suspensa, um silêncio de alguns segundos que pareciam horas, a história da minha vida correndo na velocidade da luz diante dos meus olhos. Frio na barriga, incerteza. Tudo havia mudado, nada mais seria como antes.
É que ser pai não fazia mais parte dos meus planos. Há muito, muito tempo. Uma decisão sem volta, escrita em pedra. "Não levo jeito para isso", decidi com os meus botões. E ninguém jamais me convenceria do contrário.
Você me esperou com olhos inchados naquela noite. A porta entreaberta, "pode entrar", sua barriga cheia de borboletas. Sem dizer muita coisa, ou por falta de saber o que dizer, ficamos ali abraçados. Ninguém ensina a gente o que fazer numa hora como essas. É o último e derradeiro suspiro da juventude escapando de uma vez por todas pelos nossos dedos.
Mas o saldo do caleidoscópio das nossas apreensões, com ar de criança que não sabe o que fazer, foi que seguiríamos em frente. Não havia outra opção, não é mesmo?
Você me esperou com olhos inchados naquela noite. A porta entreaberta, "pode entrar", sua barriga cheia de borboletas. Sem dizer muita coisa, ou por falta de saber o que dizer, ficamos ali abraçados. Ninguém ensina a gente o que fazer numa hora como essas. É o último e derradeiro suspiro da juventude escapando de uma vez por todas pelos nossos dedos.
Mas o saldo do caleidoscópio das nossas apreensões, com ar de criança que não sabe o que fazer, foi que seguiríamos em frente. Não havia outra opção, não é mesmo?
E aqui estamos nós. O tal "Dia das Mães" que passa a significar tanto, tanto mais do que as propagandas na televisão, e aquela ligação banal de cinco minutos que nos damos o trabalho de fazer com um quê de culpa e obrigação.
Aqui estamos nós, sem tempo, sem dinheiro. Aqui estamos nós, exaustos, sem dormir por um século, nossa cumplicidade dividida como a xícara de café solitária, que tomamos juntos, a quatro mãos. Os cabelos desgrenhados, a mancha na minha camisa de trabalho, o caos de um apartamento inundado por fraldas, a necessidade de comprar uma cadeirinha para o carro.
Descobrir que nos tornamos pais.
Mas mais importe. Aqui está Pia, que chegou sem avisar, sem pedir permissão e revirou a nossa vida de pernas para o ar, para sempre. Uma outra mulher que caiu de para-quedas e a quem quero dar o meu mundo.
Aqui estamos nós, sem tempo, sem dinheiro. Aqui estamos nós, exaustos, sem dormir por um século, nossa cumplicidade dividida como a xícara de café solitária, que tomamos juntos, a quatro mãos. Os cabelos desgrenhados, a mancha na minha camisa de trabalho, o caos de um apartamento inundado por fraldas, a necessidade de comprar uma cadeirinha para o carro.
Descobrir que nos tornamos pais.
Mas mais importe. Aqui está Pia, que chegou sem avisar, sem pedir permissão e revirou a nossa vida de pernas para o ar, para sempre. Uma outra mulher que caiu de para-quedas e a quem quero dar o meu mundo.
E a vida não poderia ser mais mais linda, mais inédita, mais incrível.
A nossa vida. Depois de Pia.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
PARA VER E OUVIR: JOHN MAYER ("WHO YOU LOVE")
Adoro a música, inclusive a participação da Katy Perry que complementa bem; mas a pititice do riso dela no final por pouco não estraga a música para mim.
"PESSOAS QUE TALVEZ VOCÊ CONHEÇA"
Num dia qualquer, ao entrar no Facebook, o estudante Kevin Kantor recebeu algumas sugestões de "pessoas que talvez você conheça"; nada demais, não fosse o fato de que uma das sugestões era o homem que o havia violentado alguns anos antes.
Sua reação? Um poema que o concedeu dois prêmios em 2015. A apresentação é doída, poderosa, e foi impossível não sucumbir às lágrimas ao ouvir um homem dizer "que ninguém corre para salvar um rapaz gritando por socorro".
Kevin faz um exercício, diário; escrever um poema chamado "Amanhã", onde ele lista as pessoas que ele mais ama, fazendo questão de que o primeiro nome na lista, todas as vezes, seja o seu.
Sua reação? Um poema que o concedeu dois prêmios em 2015. A apresentação é doída, poderosa, e foi impossível não sucumbir às lágrimas ao ouvir um homem dizer "que ninguém corre para salvar um rapaz gritando por socorro".
Kevin faz um exercício, diário; escrever um poema chamado "Amanhã", onde ele lista as pessoas que ele mais ama, fazendo questão de que o primeiro nome na lista, todas as vezes, seja o seu.
Sei que é algo difícil, e que a gente se esforça em fugir da feiura da vida. Mas isso precisa ser visto.
GIFS DA DEPRESSÃO
Chega a fatura do cartão de crédito e o envelope está mais grosso que um sanduíche de mortadela...
Depois de abrir o envelope:
terça-feira, 5 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
"ATENÇÃO, EUROPA, NÓS VAMOS SAIR EM TURNÊ!"
Trecho da 'peça' "Primavera para Hitler", de "Os Produtores". Somente Mel Brooks pode ser perdoado por fazer um negócio assim. Somente Mel Brooks.
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"NÓS NÃO SOMOS PESSOAS RUINS...
"...mas nós fizemos uma coisa ruim."
Sim, eles fizeram. "Bloodline", série exclusiva da Netflix que eu devo ter visto em dois dias. Simplesmente não consegui tirar os olhos da tela. Não há família - por mais 'perfeita' que possa parecer, que não tenha seus esqueletos bem (ou mal) enterrados. Recomendo demais.
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