segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A PRECIOSA TRILOGIA DO GRAAL

Enfim consegui finalizar a incrível "Trilogia do Graal", de Bernard Cornwell. "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege" narram as aventuras de um jovem arqueiro, Thomas Hook, e o seu envolvimento com a busca do Santo Graal, durante a guerra dos 100 anos. Para mim, foi muito mais que literatura; que experiência inacreditável esses três livros me proporcionaram! Quando tudo acabou, me senti um pouco órfão, fiquei sentindo saudade daquelas pessoas como se elas existissem de verdade e como se eu tivesse passado por aqueles eventos. É tudo tão belo e tão bem desenhado por Cornwell, como se os livros fossem um portal para aquele tempo de brutalidades e mistérios. Tive a mesma impressão com "Azincourt", também de Cornwell.

Em linhas gerais, esses três livros falam sobre Thomas, um jovem inglês beirando os 20 anos, exímio arqueiro, que vive numa cidadezinha costeira na Inglaterra chamada Hookton, onde dizem estar a lança que São Jorge usou para matar o dragão. Thomas é filho bastardo de um padre que todos julgam louco e que dedicou a vida a pesquisar sobre o Graal, o famoso cálice que Cristo teria utilizado na Última Ceia. Um dia, um grupo de mercenários liderado por um guerreiro misterioso conhecido como o "Arlequim", invade a pequena vila, mata o pai de Thomas e rouba a lança. Após sobreviver o massacre, ele decide embarcar para a França, determinado a recuperar a lança e se vingar pela morte do pai.

A única herança que restou do pai de Thomas é um velho diário, cheio de confusas anotações sobre o Santo Graal. E, inevitavelmente, o jovem arqueiro se vê envolvido com a própria  busca do cálice sagrado. A partir daí, uma longa jornada marcada por grandes batalhas (como a de Crécy), o cerco a Calais e inúmeros perigos. Thomas conhece Ricardo, o príncipe negro de Gales; é preso, excomungado, torturado, traído, conhece mulheres por quem se apaixona e passa por aventuras incríveis.

Se o prêmio final, porém, é resgatado, não tenho nenhum interesse em estragar surpresas e deixo a dúvida para quem decidir se aventurar na companhia de Thomas Hook. O Graal seria um símbolo ou um artefato real? Estaria em cofres ou no imaginário dos homens? O que posso dizer é que Thomas cruzou três países, enfrentou tempestades, e desafiou a própria morte para descobrí-lo, justamente, no mais inesperado dos lugares. Absolutamente precioso.

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