segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

CAÇADORES DE SONHOS

Por onde começar, ao falar do "Caçador de Pipas"? Apesar de não ter lido o best-seller, já havia me interessado desde o começo pelo filme, ao saber da direção de Marc Foster ("Em busca da Terra do Nunca"). Tenho dificuldade em costurar tudo o que senti ao acompanhar uma história tão comovente, tão contundente e, ao mesmo tempo, tão encantadora. A amizade de Amir e Hassan trouxeram em mim sorriso e lágrima, sem conflito. Os dois meninos são personagens de um tempo e um lugar que parecem ter sido esquecidos por Deus. E esse conto de amizade, que atravessa anos e oceanos, é que faz de o "Caçador de Pipas" uma belíssima história de redenção, sobre o surgimento de possibilidades quando tudo parecia perdido. Numa terra desolada - Cabul, no Afeganistão - Amir retorna, para tentar desfazer equívocos infantis do passado. E o faz, com heroísmo e iluminação. Mas esse é apenas um aspecto, uma viga para sustentar os eventos que se passam. O que é mais importante, nesta história tão importante, é a idéia de que haverá sempre a esperança. E isso nos ensinam as pipas e seus caçadores inocentes. Que mesmo nos céus mais negros ainda pode voar a esperança, porta-voz de que sempre haverá um sol para todos. Essa é uma história apaixonante, sobre caçadores de um sonho. O sonho de um lugar livre, de pessoas livres, onde há música, flores e pipas voando alto, no céu.

Um comentário:

•αline disse...

Posso falar sem medo de mentir, que o livro, pelo menos a mim, me emocionou mais...Mas é aquela história né... Algumas pessoas acham importantes passagens do livro q não aparecem no filme...Eu por exemplo.. rs Mas isso é uma questão de gosto... e isso nós sabemos como é difícil discutir.