Certa vez, recebi uma mensagem de fim de ano que me desejava "nada"; que eu tivesse um ano "cheio de nada" e que ficasse ao meu critério as escolhas, decisões e caminhos para fazer do "nada" o "tudo" que eu bem quisesse. Desejar "nada" numa virada de ano me parece a coisa mais sensata do mundo e talvez por isso eu não me esqueça nunca destes votos. Não é uma questão de meramente deixar de criar expectativas. É muito mais que isso. É começar um novo ano, uma nova corrida pelo calendário, sem planos muito definidos ou metas a serem atingidas. Isso engessa demais aquilo que deveria ser surpresa. E acaba estragando a festa porque, provavelmente, muitos dos planos não serão alcançados tampouco as promessas cumpridas. Não falo isso como um pessimista, mas porque é a realidade dos fatos. Um ano é um ser mutante, que se transforma como um camaleão, de acordo com os eventos que vem e que vão. Desejar "nada", portanto, é absolutamente razoável. Desejo a mim, a todos, a quem interessar possa, um novo ano cheio de "nada", também. E até o ano que vem. Um ano de "tudo".
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
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