A Bahia continua linda, misteriosa, quando olhada do alto, por cima das nuvens, com suas águas de azul multicolorido, derramadas sobre a Bahia de Todos os Santos. O porto cheio de história, magia, misticismo, aromas, sabores, odores. Cheiro de mar, de peixe, de madeira de barco, de ruas e paredes velhas, de uma cidade de São Salvador tão antiga quanto o próprio país: negra, portuguesa, quase medieval, com suas ruelas escondidas, catacumbas escuras e tesouros enterrados. Eis a Bahia linda, encantada, sedutora, como uma sereia que quer se deixar seduzir enquanto nos afoga sem piedade. Eis a Bahia da saudade, do calor humano, um Estado de Espírito que, amando ou odiando, é impossível ficar indiferente. A Bahia das baianas, com suas saias rodadas e contas coloridas, do candomblé, das igrejas, da comida exótica, dos capoeiristas e da paixão, da música de Dorival Caymi e as palavras de Jorge Amado. Não dá para dizer que a Bahia é um Estado como qualquer outro por que alguma coisa ali, não sei o quê ao certo, grita que a Bahia é única, com seus defeitos e seus encantos, ela é única. Por que a Bahia é linda e nos chama de volta, mesmo seus filhos mais ingratos. Mas também é triste, com a decadência de suas ruas e a malícia que impreguina sua geografia costeira. É uma pena. Linda Bahia, mágica Bahia. Merecia tanto mais.
domingo, 20 de abril de 2008
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