quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CLUBE DAS CINCO


Se tem uma coisa que eu não me considero capaz de fazer é dar conselhos amorosos. Fujo deles como o diabo da cruz - e até imito o Chandler, dizendo "posso te oferecer um comentário sarcástico, ao invés de um conselho?". Mas a experiência de vida, inevitavelmente, oferece alguma sabedoria - querendo ou não; e hoje me ocorreu um pensamento, um de tantos que me ocorrem enquanto a luz muda de vermelha para verde (e que alguns podem considerar limitado ou mesmo 'sexista') que achei que valia meditar por aqui. Os '5 tipos de mulheres de quem você deveria fugir'. Aqui vai:


A 'attention whore'. É a namorada dos sonhos (em teoria): linda, saudável, engraçada, bem vestida, ótima companhia, inteligente, cheia de opiniões sobre tudo, altamente sociável. O problema é que ela não se contenta em ser a estrela do relacionamento. Ela quer ser admirada, desejada, ela quer que outros homens sonhem com ela - mesmo os seus amigos - e não se importa de flertar moderadamente com estranhos e conhecidos. Quer ser o centro das atenções, sempre. Ela é a celebridade de um video-clipe imaginário e você um coadjuvante que reclama do jeito dela porque "você é inseguro e ciumento"


A 'macho-alfa'. Ela esquece que é mulher e decide ser 'o homem da relação'. Ok, uma explicação antes que as pedras comecem a voar. Eu sou completamente a favor da igualdade dos sexos e acho, sim, que homens e mulheres não devem ser diferenciados, absolutamente. Minha questão aqui é natural, animal. Falo do homem e da mulher como seres sociais. Este tipo de mulher se impõe sobre o seu parceiro, coloca-o numa condição de fragilidade, impotência, menospreza as suas iniciativas, porque simplesmente não aceita que alguém (muito menos o seu parceiro) tenha uma resolução melhor para um problema do que ela mesma. Homens e mulheres são iguais e merecem ser tratados com tal, mas o comportamento social de ambos é - e precisa ser - diferente. 


A 'bomba-relógio'. No começo ela é outro tipo de namorada perfeita. Carinhosa, atenciosa, prestativa, companheira; quer dividir cada momento, celebra as datas importantes - e insignificantes - é dedicada, pensa nos presentes mais incríveis e faz você se sentir como um rei. Mas, gradualmente, essa postura vai ganhando tons mais complexos. E o amor e a dedicação vão dando lugar a ciúmes, controle, possessividade, escândalos, paranóia, perseguição, violência física e psicológica. E, quando você menos percebe, está preso num relacionamento que parece saído de um filme de terror. As pistas estão todas lá, desde o começo, é preciso apenas atenção para enxergá-las enquanto 'o amor ainda está cego'.


A 'wife in the 50s'. O oposto da 'macho-alfa'. Ela não acredita na mudança dos tempos. Ainda acha que vive nos anos 50, onde o homem carrega nas costas o peso da sobrevivência da família. Para ela, o seu tempo deve ser dedicado a qualquer coisa menos trabalhar, pagar contas e assumir responsabilidades adultas. O seu marido estará lá para isso. Ela sai da casa dos pais para a casa do companheiro e este é o seu projeto de vida; e mais, cobra, espera, demanda. O seu companheiro é um provedor inesgotável de energia, dinheiro e tempo. Ela quer viajar, fazer compras, jantar em lugares bons, ganhar presentes sofisticados, enquanto o seu marido ganha a vida na rua.


A 'alma quebrada'*. OK, vamos lá. Essa categoria que, não por acaso deixei por último, é daquelas "faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Porque, confesso, esse é (e temo que sempre será) o meu tipo de mulher, não tem jeito. A 'alma quebrada' é uma mulher frágil, sensível, que às vezes se assusta com o vento e a sombra. Insegura, feminina, delicada - ao extremo - ela passou por situações que acabaram criando uma bagagem de vida que para ela nunca é fácil de carregar. Todos os seus fantasmas estão sempre ali, permeando os seus pensamentos, ações, opiniões. Os seus passos em falso disparam botões do pânico e tudo o que ela quer é fugir e desaparecer. Ela sofre, você sofre. Ela precisa se curar - da forma e no tempo possível - e você acha que é capaz de fazê-lo. Nem sempre é. Essa última categoria, portanto, eu deixo com um asterisco. É para elas que eu ainda navego, feito marinheiro em busca do farol.

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