quinta-feira, 30 de julho de 2009

PENSANDO EM VOCÊ

Eu que nem sabia ao certo o que estava procurando, achei você. E ao te achar eu me perdi. Por completo. Mas também me encontrei. Parece confuso, mas não é. Porque você transformou o meu mundo, como eu o conhecia, e me mostrou novos horizontes, novos destinos, múltiplas possibilidades. Você me ensinou sobre a vida. Sobre ser mais corajoso, mais destemido. Você me explicou como é "rir na cara do perigo" e, ainda que eu tenha hesitado vez ou outra, foram várias as vezes em que eu dei passos e saltos de fé incentivado por sua causa. Muitas coisas você me mostrou. Outras cores, outros sons, outros sabores. Me ajudou a ser mais homem e menos menino; mais pai e menos filho. Ainda que, nesta escola, eu precise de mais alguns bons anos de aprendizado. Você trouxe espelhos mais polidos, onde pude me enxergar mais claramente. Trouxe elogios em abundância e críticas localizadas; me feriu e me curou, como se eu estivesse em treinamento. Você me ajudou a viver um conto de fadas, ainda que eu tenha descoberto (meio a contragosto) que sou muito mais "rosa" do que "príncipe"; porque posso até ser nobre, iluminado e heróico, mas também sei ser mimado, egoísta e vaidoso. Quando eu achava que voava para os seus braços, pegando carona no vôo de pássaros imigrantes, eis que você me mostrava que era você quem vinha até mim, enquanto eu te esperava dentro de minha redoma perfumada. Você ri de mim e comigo. Mas também me chama de "concha", como se eu quisesse guardar todas as pérolas e segredos mais preciosos para mim. Mas se sou concha, você tem em mãos abridor e água quente para me dobrar, abrir e derreter sem esforço. Acho que somos únicos e vários. Heróis e vilãos. Atletas e glutões. Maçons e Alquimistas. Óbvios e originais. Perseu e Medusa. Antônio e Cleópatra. Eros e Pisqué. Água e Óleo. Cão e Gato. Encontrei todas as mulheres de livros, filmes e músicas em você. Sara, Charlotte, Claire. Amiga, irmã, mãe, amante, senhora. Guerreira e bailarina. Moderna e antiquada. Estamos longe e estamos perto, todos os dias, não importa a geografia. Porque voamos sem asas comuns, nas batidas do coração, no sopro da respiração ofegante, na imaginação sem fronteiras. São estas as minhas reflexões de quinta-feira. Um dia qualquer. Pensando em você.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre, você escreve deliciosamente bem. Beijos e obrigada pela homenagem.

Anônimo disse...

Muito bonito este texto