De alguma forma ou de outra, acho que ele sabia que aquele era o nosso último momento juntos. A verdade é que nem eu nem ele podíamos imaginar que nunca mais nos veríamos novamente. Mas fico com a impressão que ele sabia. De alguma maneira ele sabia. Deve ser da intuição, ou algo assim, mas vou sempre lembrar daquela noite em que ele havia sido resgatado de sua aventura. Como poucas vezes havia feito, ele veio se aninhar em mim, como se me abraçando e adormeceu. E ali ficou, como se o meu colo fosse uma morada de segurança e tranqüilidade, mesmo nós estando separados já há algum tempo. Eu achava que tínhamos perdido a intimidade. Mas ele foi ali, sem fazer cerimônia, sem pedir permissão, e adormeceu nos meus braços. Eu não fazia idéia, mas estávamos dizendo adeus um ao outro naquele momento. Algo não mudará, porém. O lugar tão especial que ele conquistou em mim; e onde o carrego como um ser especial que surgiu na minha vida. Não tivemos a chance de nos despedir de verdade. Mas talvez seja melhor assim. Porque posso ficar com o poder de imaginá-lo, onde ele estiver, correndo suas aventuras e investigações tão peculiares. Sem despedida, então.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário