
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
AO ANO QUE VAI

terça-feira, 30 de dezembro de 2008
LINHAS QUE SE CRUZAM, SEM PUDOR

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
CAÇADORES DE SONHOS

SOBRE O AMOR INCONDICIONAL

Naturalmente, fui um dos milhões de espectadores que levaram "Marley e Eu" ao topo das bilheterias no feriado de Natal. Sendo um "dog person" incorrigível e tendo amado o livro homônimo, não teria o menor sentido se eu não fosse ver o filme (e desidratar um pouco os olhos, sobretudo nos momentos finais). A adaptação é fiel e narra belamente as peripécias do "pior cachorro do mundo". Apesar de não ser fã dos dois atores principais, acho que Owen Wilson e Jennifer Aniston não decepcionam, ainda que a estrela principal seja o cão; ou melhor, os 22 cães utilizados para representar o amadurecimento - em 13 anos - de Marley (cujo nome é inspirado no famoso cantor jamaicano). Não há nada de exepcional ali, a não ser uma história de pessoas normais e de um cachorro fora do normal que modifica - para melhor e pior - a vida de uma família inteira. Marley dá todas as provas que é uma catástrofe. Mas, também, de que é uma bênção, um tesouro, um ser que jamais será esquecido. Como não foi. O livro e o filme são provas de que as memórias desta história de amor são eternas. E as palavras do dono, John Grogan, resumem tudo muito bem quando ele nos diz que a um cão basta muito pouco, apenas um graveto. E pouco importa se somos ricos, negros, brancos, pobres. A um cão basta nossa companhia, nosso amor, que ele retribuirá eternamente, incondicionalmente. Só quem experimentou verdadeiramente essa relação tão mágica sabe o poder destas palavras. O amor, a amizade de um cão, é um fenômeno que nem as palavras conseguem explicar. É algo sentido, da alma, do coração.
SEGUNDOS SEM PREÇO

"A Família Savage" (The Savages) é um filme muito interessante. Não é dos mais fáceis de ver, passa longe de argumentos óbvios e de clichês. É dramático, sem apelar ao melodrama. É delicado e introspectivo. Uma imagem triste, de tons gris e frio de inverno, mas que se costura de forma a nos oferecer um final muito bonito. As atuações excelentes de Laura Liney e Philip Seymour Hoffman são convidativas, mesmo num cenário desconfortável: o internamento do pai deles, diagnosticado com alguma espécie de demência. Os dois irmãos, antes separados e vivendo vidas medíocres e egoístas, se vêem obrigados a atender o chamado e cuidar de um pai que foi ausente, mas que precisa de ajuda. Assim, percorremos uma história melancólica, mas com pitadas de humor e sarcasmo - aliás, como é a vida - enquanto vamos refletindo sobre como tudo é tão finito, confuso e passageiro. Existe, no entanto, uma mensagem bonita, muito silenciosa, com pouca publicidade durante o filme. A idéia de que a reinvenção de nós mesmos é possível. E que devemos abraçar mais movimento e aceitarmos a renovação por mais difícil e distante que ela possa parecer. E que cada pedaço da vida, qualquer segundo, qualquer último segundo, não tem preço. E valerá sempre ser vivido. Até o final.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
TOO COOL FOR SCHOOL

Ensaio feito com Obama, nos anos universitários. As fotos da TIME revelam o novo presidente dos Estados Unidos. O presidente da mudança. Definitivamente, "too cool for school".
OUVINDO

Sara Bareilles - One Sweet Love
Just about the time the shadows call
I undress my mind and dare you to follow
Paint a portrait of my mystery
Only close my eyes and you are here with me
A nameless face to think I see
To sit and watch the waves with me till they're gone
A heart I'd swear I'd recognize is made out of
My own devices....Could I be wrong?
The time that I've taken
I pray is not wasted
Have I already tasted my piece of one sweet love?
Sleepless nights you creep inside of me
Paint your shadows on the breath that we share
You take more than just my sanity
You take my reason not to care.
No ordinary wings I'll need
The sky itself will carry me, back to you
The things I dream that I can do I'll open up
The moon for you
Just come down soon
The time that I've taken
I pray is not wasted
Have I already tasted my piece of one sweet love?
Ready and waiting for a heart worth the breaking
But I'd settle for an honest mistake in the name of
One sweet love.
Savor the sorrow to soften the pain sip on
The southern rain
As I do, I don't look don't touch don't do anything
But hope that there is a you.
The earth that is the space between,
I'd banish it from under me...to get to you.
Your unexpected love provides my solitary's
Suicide...oh I wish I knew
The time that I've taken
I pray is not wasted
Have I already tasted my piece of one sweet love?
Ready and waiting for a heart worth the breaking
But I'd settle for an honest mistake in the name of
One sweet love
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
THE GOODBYE SONG
Posso assistir mil vezes a "Lost in Translation" e serei arrebatado mil vezes pela emoção da seqüência final. Um abraço solitário na multidão. O adeus impossível, a certeza de que tudo é efêmero e que temos que nos agarrar desesperadamente aos segundos especiais porque eles nunca mais estarão de volta. "Não voltemos nunca mais aqui; não seria tão divertido". "Encontros e Desencontros" - obra-prima de Sofia Coppola - é a compilação de tudo que me comove. Em uma hora e meia de filme estão organizadas minhas reflexões pessoais mais importantes, meus devaneios mais angustiosos. Meu eterno filme de cabeceira. Número 1 incontestável: a concretização, a materialização, pela primeira vez, de tudo aquilo que eu sempre imaginei só fazer parte do movimento das borboletas inquietas no meu peito. Eis a seqüência final, com a agridoce música do adeus, "Just Like Honey". Uma cena que coroa este filme como uma pedra preciosa incomparável. A cena que vejo, em silêncio, mil vezes.
NASCIMENTO

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
"ESTES SÃO... OS ORIGINAIS?"
Em minha opinião, eis a cena mais tocante do filme "Amadeus", sobre a vida do compositor austríaco, Wolfgang Amadeus Mozart. Nela, Antonio Salieri, seu antagonista (fã ardoroso) folheia as partituras originais de Mozart, incrédulo com tamanha beleza e perfeição. Ele se espanta ao tomar conhecimento de que as partituras em suas mãos não são cópias, mas os trabalhos originais, feitos sem uma correção sequer. "Era como se tivessem sido ditadas por Deus". Os olhos fechados, a profunda comoção, a música ecoando APENAS em seus ouvidos enquanto vira página após página, demonstram o êxtase e a surpresa absoluta de Salieri. E, principalmente, a constatação de sua profunda mediocridade; jamais, nem em outra vida, ele conseguiria compôr como Mozart e teria que se conformar com isso. Para mim, essa cena vale cada centímetro do Oscar ganhado merecidamente por F. Murray Abraham.
O MAIS BELO DE TODOS OS DISCURSOS
Para ver, ouvir (e chorar): Kenneth Branagh, no papel do jovem rei Henrique V. A cena se passa em pleno campo de batalha, onde o rei discursa de forma comovente. Trata-se da obra-prima "Henry V", baseada em peça homônima de William Shakespeare. Neste famoso discurso, o rei Henrique clama suas tropas à luta. E em lembrança do Dia de São Crispim, ele oferece palavras inspiradoras para soldados exaustos que acabam fazendo história contra o colossal exército francês na batalha de Agincourt. "We few... we happy few... we band of brothers...".
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
"ROCKET MAN"

É tão difícil, tão doída, essa vida de astronauta, dividido entre dois mundos. Voando de um lado para outro, e de volta, sempre em busca de algo, mas sempre também deixando tanto para trás. É impossível guardar na palma da mão o que oferecem os dois cantos do infinito, ter todas as estrelas no mesmo lugar. São dois sóis e dois campos de pouso; curtas permanências, pedaços que vão sendo deixados no caminho, enquanto me esforço em guardar outros; é como se eu tivesse uma grande bolsa, com pequenos furos por onde acaba escapando parte do que eu tento guardar. Do meu horizonte solitário reflito sobre o desesperado desejo de não abrir mão de nada.
"I miss the earth so much... I miss my wife..."
"I miss the earth so much... I miss my mom..."
"It´s lonely out in space..."
"I miss the earth so much... I miss my wife..."
"I miss the earth so much... I miss my mom..."
"It´s lonely out in space..."
No fim das contas, é solitária a viagem. E apenas ela garante a ponte entre os planetas, para que se possa fingir "ter tudo" e que tudo está sob controle, enquanto vejo os planetas, tão pequeninos, sob os meus pés. Mais perto do céu, fico também mais próximo de Deus e, assim, dou mais acesso às preces sinceras que digo em silêncio. Para que Ele ouça, quem sabe, o meu pedido de que "estejamos todos juntos, novamente, no mesmo lugar". E enquanto esse dia não chega, sigo voando, queimando combustível por entre os astros, nas viagens contínuas, de um lugar para o outro. E de volta.
domingo, 7 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
BLADE RUNNER

TENTE OUTRA VEZ...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
FRIENDS

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
TEMPO QUE PASSA

Esse ano vôou. Cliché inevitável. Ainda ontem eu me realizava com os pequenos mimos e caprichos de Natal, ao redor da árvore recém decorada. As filas nas lojas, as descobertas de última hora; aquela ansiedade infantil, à espera da manhã de presentes e café especial, na cama. Sem contar a esperança diante de um ano que em breve começaria. "O que traria 2008"? Ele trouxe muito. Muito. E tirou pouco, devo confessar em agradecimento. E enquanto adornamos nosso pequeno pinheiro, que se equilibra meio desajeitado sobre a cômoda egípcia, comecei a tecer pensamentos. Aos poucos vejo surgir sob os pés do pinheiro nossos pequenos desejos deste ano, que satisfazem nosso delicioso materialismo. Constato que o ano vôou. Tempo que passa. Amanhã já é ontem. Não tem jeito. E o que trará o 09? Aguardar, sem medo, aprendi.
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