Belíssimo filme, de Jason van Genderen, filmado inteiramente em celular, nas ruas de Sydney e Nova York.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
MANKIND IS NO ISLAND
quarta-feira, 15 de julho de 2009
TRAILER OFICIAL DE "A MULHER DO VIAJANTE DO TEMPO"

segunda-feira, 13 de julho de 2009
FÁCIL DIGESTÃO

NECESSÁRIA LICENÇA POÉTICA 2
sexta-feira, 10 de julho de 2009
A CINEMATERAPIA DE SERENDIPITY



quinta-feira, 9 de julho de 2009
"TERRAS DO NUNCA" - TEXTO DO JORNALISTA JOÃO PEREIRA COUTINHO (FOLHA DE SÃO PAULO)

John Kennedy não foi abatido pelo fracassado Lee Oswald numa manhã funesta de Dallas. Kennedy foi assassinado pela CIA, pelos cubanos, pelos soviéticos, pela máfia, eventualmente pelos extraterrestres.
E, agora, Michael Jackson: ele não morreu por excessos vários e loucuras evidentes. Foi o médico; foi a empregada; foi o Rato Mickey quem acabou com o cantor.
Deixemos as teorias da conspiração para as mentes conspiratórias. No meio do sentimentalismo vulgar, e quase religioso, com que o planeta chora a morte de Jackson, a única declaração vagamente sensata foi dita pelo próprio presidente americano. E que nos disse Obama?
Para começar, que Jackson foi um músico de talento. Difícil discordar, embora o Jackson que eu aprecio morreu no dia em que nasceu o Jackson que grande parte do mundo aprecia, ou seja, em 1979 com "Off the Wall". O single prodigioso que os Jackson Five editaram dez anos antes, "I Want You Back", é incomparável com qualquer obra posterior. Opinião pessoal. Do Michael Jackson a solo, admiro apenas o bailarino. Brinco? Não brinco. Fred Astaire também não brincava quando dizia, na década de 80, que Jackson nascera demasiado tarde. Tivesse ele vivido nos anos 30 ou 40 e teria feito as delícias de Busby Berkeley ou Vincent Minelli. Quem aprecia musicais sabe do que falo.
Mas Obama não elogiou apenas o talento. Obama foi corajoso e lamentou a figura profundamente trágica de Michael Jackson. Nos próximos anos, saberemos mais sobre essa tragédia. Mas aposto que a origem dela está num homem que, para usar as palavras de um francês célebre, alimentou uma "náusea-de-si-próprio" ao longo da vida: uma náusea da sua própria negritude e, talvez mais importante, uma náusea da sua própria humanidade, por definição mutável e perecível. Não admira que, ano após ano, ele tenha tentado golpear essa humanidade, perseguindo um ideal estético que era, aos olhos do mundo, caricatural e infantil. E, aos olhos dele, eterno e pós-humano.
Disse anteriormente, citando Fred Astaire, que Michael Jackson não viveu nas décadas de 30 e 40 para inscrever o seu nome na tradição dos grandes musicais. Mas é possível recuar mais um pouco e lamentar que Jackson não tenha nascido e vivido em finais do século 19, inícios do 20. E que não tenha conhecido uma alma gêmea como J.M. Barrie, o escritor para quem a infância era, simultaneamente, o melhor e o pior dos mundos. O melhor, pelo encantamento permanente que lemos em "Peter Pan" ou no injustamente esquecido "The Little White Bird". Mas também o pior dos mundos, porque [foi/é] capaz de antecipar a corrupção futura: a maturidade, o envelhecimento, a perda da inocência.
Não sei se Jackson leu Barrie. Provavelmente. Mas sei que lhe roubou o nome para o seu rancho, "Neverland", essa "Terra do Nunca" onde os rapazes não crescem. Tivesse Michael Jackson lido "Peter Pan" com atenção e saberia que, mesmo na "Terra do Nunca", os rapazes não crescem mas também morrem."
quarta-feira, 8 de julho de 2009
PARA VER E OUVIR: JOHN MAYER TOCA "HUMAN NATURE" NO FUNERAL DE MJ
Bela homenagem de John Mayer que, como era de se esperar, oferece uma nova roupagem à "Human Nature", durante o funeral de Michael Jackson.
terça-feira, 7 de julho de 2009
DICA DE SITE OU BLOG: HARDCOREGAMING

MOMENTO AZUL E ROSA: TEASER E TRAILER DE "MARIE ANTOINETTE" (SOFIA COPPOLA)
Teaser (HD)
Trailer internacional
segunda-feira, 6 de julho de 2009
PARA VER E OUVIR: MICHAEL JACKSON (PROPAGANDA DA PEPSI - 1992)
Michael Jackson faz um dueto consigo mesmo (quando criança) cantando a música "I´ll be there". É de chorar de tão bonito.
DEVANEIO URBANO

sexta-feira, 3 de julho de 2009
BESTEIROL DE PRIMEIRA GRANDEZA

"Zack and Miri make a porno"
Já em "Role Models", temos Paul Rudd e Seann William Scott no papel de dois caras condenados a cumprir serviço comunitário. A punição leva-os a "orientar" duas crianças com déficit emocional: um menino mal criado e um rapaz que vive num mundo de fantasia baseado em jogos de RPG. Esse rapaz é ninguém menos que o cultuado McLovin, também de "Superbad". A comédia, aqui, já tem um ritimo mais sossegado, com diálogos interessantes e engraçados e não tanto cenas absurdas como em "Zack and Miri", mas mesmo assim rende situações cômicas que fazem desse filme uma obrigação. É impossível não dar atenção à Jane Lynch, no papel da educadora. O diálogo em que ela se recorda das suas refeições, quando morava em Nova York é memorável. No fim das contas, um filme sobre companheirismo e aceitação das diferenças. Quem disse que uma comédia não pode falar sobre isso?
"Role Models"

Por último, mas não menos importante, o filme "Step Brothers": Will Ferrell e John C. Reilly no melhor papel juntos que já tiveram. Os dois interpretam homens de 40 anos que ainda vivem com os pais. Will vive com sua mãe, John com seu pai, ambos viúvos. Os dois se casam e os filhos precisam aprender a conviver na mesma casa. É difícil apontar algo específico sobre esse filme, que é insano do primeiro ao último minuto. Os dois comediantes, que já estiveram juntos em filmes como o mediano "Talladega Nights", dão um show. A cena do beliche improvisado rende muitas voltas no controle remoto. E também esse filme oferece uma reflexão interessante no final, apesar do assunto absurdo. Momento inesquecível: "Boats and Hoes".
"Step Brothers"
quinta-feira, 2 de julho de 2009
PARA VER E OUVIR: DISNEY INESQUECÍVEL ("ALADDIN" E "A BELA E A FERA")
"A whole new world"
"Tale as old as time"
2 DE JULHO
quarta-feira, 1 de julho de 2009
O CÉU E O INFERNO

terça-feira, 30 de junho de 2009
UM FILME MUITO COMPETENTE


segunda-feira, 29 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
PARA VER E OUVIR: MICHAEL JACKSON ESSENCIAL
"Rock with you"
"Thriller"
"Billie Jean"
"Bad"
"Smooth Criminal"
"Beat it"
"Don´t stop till you get it enough"
"ABC (Jackson´s Five)
"BEN (Jackson´s Five)
O ADEUS DE UM REI EXILADO

terça-feira, 23 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
THE PS3 DREAMLIST 2
Assassins Creed 2
Castlevania - Lord of Shadow
God of War 3
Eternal Sonata
Valkyria Chronicles
Lord of The Rings - Conquest
Front Mission Evolved
The Last Guardian
Final Fantasy XIII
NA COMPANHIA DE JORGE

segunda-feira, 15 de junho de 2009
ATÉ QUANDO É TARDE DEMAIS?

quinta-feira, 4 de junho de 2009
PROJECT TRICO
terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
AMOR E ACEITAÇÃO

quarta-feira, 20 de maio de 2009
UM FILME OBRIGATÓRIO

terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
UM ANJO EM MINHA VIDA

sexta-feira, 15 de maio de 2009
MUDANÇA

quinta-feira, 14 de maio de 2009
POR FALAR EM SOFIA COPPOLA...

PAI E FILHA

quarta-feira, 13 de maio de 2009
A BELA ACORDADA

terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
UM FILME (INJUSTAMENTE) SUBESTIMADO

THE PS3 DREAMLIST 1
Little Big Planet
Resident Evil 5
Civilization Revolution
Sonic Ultimate Collection
Prince of Persia
Assassins Creed
Metal Gear Solid 4
sexta-feira, 8 de maio de 2009
PARA VER E OUVIR: JOHN MAYER - "BACK TO YOU"
"I try to forget you. I try to stay away. But it´s too late. Over you. I´m never over you. There´s something about you. It´s just the way you move. The way you move me".
segunda-feira, 4 de maio de 2009
TIJOLOS AMARELOS

sábado, 2 de maio de 2009
"LET'S NEVER COME HERE AGAIN...

I´m stuck. Does it get any easier?

Are you awake?
Charlotte está “estagnada”, Bob “incrédulo”. E os dois se contaminam do que mais precisavam naquele momento de suas vidas: ela, de que “tudo eventualmente vai dar certo” e ele, de que “ainda há tempo para se fazer algo de construtivo em sua vida”. O Japão, o idioma impronunciável, incompreensível, é nada mais que uma elegante moldura. Suave, discretíssima, leve, quase agridoce. Bob e Charlotte poderiam ter se conhecido em um campo de batalha e tudo teria sido igual. Afinal, essa história é apenas sobre eles.
Esse filme me atinge como um raio, porque sou um contemplador de janelas e filósofo não graduado pelo silêncio da vida. Melancolicamente feliz, sempre, a cada novo dia. Amante, apaixonado das pequenas coisas, ainda que eu busque sofisticar meu olhar diariamente. Sarcástico, irônico e quase venenoso em alguns pensamentos e palavras, ainda que carregue uma enorme carga de bondade na alma. Sou assíduo e devoto freqüentador das reuniões que faço comigo mesmo. Como Charlotte, descobri na marra, a capacidade de entreter a mim mesmo, olhando as luzes da cidade, sentado na janela sem sono do meu quarto, buscando novas companhias, encontrando em cada viagem - mesmo imaginária - uma fenda no tempo, mágica nem que para mim, apenas. Sou crente na capacidade mítica e de eternização das fotografias, que guardo e coleciono como tesouros secretos.
Assim, escolho definir a mim mesmo como alguém simplesmente (ou complicadamente?) “perdido na tradução”. Falo isso como cronista e crítico de minhas andanças, de meus encontros e desencontros, das minhas espiadas pela janela do meu quarto, das minhas pequenas paixões e grandes frustrações, dos meus sonhos e devaneios distantes, da minha humilde percepção da vida, do amor, da melancolia e da saudade.

I just don’t know what I’m supposed to be.
Como em Bob e Charlotte, há algo de insone em mim. Por isso acordo cedo, para ver as primeiras luzes do dia, sentir cheiro de café e encontrar-me comigo mesmo. Logo no começo dos dias, minha cabeça ferve de pensamentos. Lembro de Tchaikovsky, que andava com uma mão sob a cabeça, “para que ela não caísse”, tamanha era a quantidade de pensamentos que tinha.
São nesses momentos especiais que vou me convencendo de que me preocupo em demasia e que a vida não é tão complicada assim. E esqueço dos medos e dos dogmas. E de que existe algo que se chama de “sucesso” e algo que se chama de “fracasso”. Aceito que existir pode ser “como mel” e vou me dando conta de que “sim, eu estou bem”.
Já não sinto tanto medo de me prender, e até tento não planejar tanto. Sei que pode ser difícil, mas me esforço em ser e deixar ser, amar e viver com aceitação; permitir-me os sonhos e alegrias possíveis; viver o dia, um após o outro, com construção diária de idéias. É o que faz a vida ter algum significado. Esse, para mim, é o caminho da felicidade. E sinto que ando mais próximo dele.

You’ll figure that out. The more you know who you are, and what you want, the less you let things upset you.
É isso que quero dizer; o porquê deste filme, desta história, ser tão importante para mim. Ela me traz de volta a mim mesmo, quando percebo que estou me distanciando do que já conquistei e começando a sucumbir aos medos mais tradicionais da nossa solitária (mas nem tanto) existência. Sou e acho que sempre serei “perdido na tradução”, mas sou feliz assim. Porque me descobri assim e percebi que posso encontrar minha felicidade assim.
No meu “táxi para o aeroporto” me proponho exatamente essa reflexão: que quero ser feliz, apenas, e que isso é possível, está ao alcance dos dedos, como meus biscoitos de infância. Olho pela janela do carro e compreendo que a alegria da vida está em nós, dentro de nós, e nos encontros (e desencontros) que acabamos por experimentar e que são todos eles imensamente importantes. Sempre fui um amante de encontros improváveis e as belas histórias que nascem deles. Isso é recorrente em mim e talvez por isso me enxergue tanto em Bob, quanto em Charlotte.
Não, eu não tenho medo de abraçar um estranho. Há algo em mim, extremamente proustiano, de quem não sabe dizer adeus a nada nem a ninguém. E é nesse aspecto que me comovo tanto com o “abraço final”, o abraço do “não se preocupe tanto com o amanhã” do fim do filme. Porque sei, aprendi no choro, que algumas coisas na vida, eventos, pessoas, momentos, passam mesmo e não voltam nunca mais. Apreciar cada segundo de tudo, portanto, é o segredo não para evitar a melancolia (ela é inevitável), mas para cultivá-la como algo importante à alma. A necessária solidão. A necessária tristeza.
É o que me dá coragem, apenas posso dizer. Não sou soldado - longe disso - e nem sei se gostaria de ser. Somente me faço crer que cada novo dia será diferente e melhor, por mais nublado e esquisito que esteja. Não sou um otimista cego, e procuro não ser um pessimista profissional. Tenho fé nas coisas e nas pessoas.
Com algum esforço, consigo voltar a enxergar o mundo com meus “olhos de 6 anos de idade”, quando me vestia de Super-Homem, sob o imperdoável sol de 36 graus da minha cidade. É porque, no fim, ainda que viva momentos de melancolia, também sou bobo, apaixonado e entusiasta das pequenas coisas, como criança. E caço em todos os olhos e todos os abraços, o meu novo encontro-e-desencontro, que simplesmente me permita acreditar que tudo vai dar certo.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
OS SIKHS
