"Fatal" (Elegy) é um filme único. Completamente obrigatório. Há muito tempo não via uma história tão silenciosa e tão eloquente. É uma obra de arte, de uma beleza que chega a doer. Comovente, honesto, narra sem pudores as crônicas da fragilidade humana: as inseguranças das relações afetivas, a paixão carnal, o envelhecimento, a perda da beleza, a doença, a morte, a separação. Estrelam o - sempre maravilhoso - Ben Kingsley e Penelope Cruz, que está surpreendente. Na trama, um velho professor universitário (Kingsley) "ainda preso à comédia humana das tentações carnais" se apaixona perdidamente por uma aluna cubana-americana (Cruz). Apesar da idéia comum, esse relacionamento é o tecido no qual se costuram as mais belas reflexões sobre a jornada humana pela vida. Esse filme não merece, nem precisa de resenha. Ele merece, ele precisa, isso sim, ser visto e sentido. Como quem se senta, à beira do mar, um dia inteiro, apenas para contemplar a sinfonia de sons, de luzes e imagens, observando a água que vem forte e volta, deixando espuma sobre a areia.
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