Hoje, o Superman completaria 62 anos. Quer dizer, o Christopher Reeve. Não importa, os dois são a mesma coisa para mim.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
PARABÉNS, SUPERMAN
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
CAVANDO NO YOUTUBE
Uma das coisas mais legais para se fazer num delicioso momento de procrastinação é cavar no Youtube. Numa dessas eu encontrei o Smooth Mcgroove que eu chamo, carinhosamente, de 'Geek Jesus'. O cara é simplesmente incrível e o talento musical é surreal. Para completar, ele quase sempre está acompanhado do seu gatinho preto que, como todo bom gato, 'has zero fucks to give'.
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
CAMPO DE MARTE
"Então é isso aqui?", a mulher perguntou, em tom de desdém.
"Sim. É isso aqui", o homem respondeu, os olhos cerrados, por conta do sol forte; os braços abertos em cruz, cercados por terra e mato por todos os lados. Aquela paisagem árida, vermelha, marciana.
"Bosta de herança...", a mulher bufou, "vou ficar no carro".
"E o que você sabe, além de cheirar cocaína e vomitar o seu almoço, sua cretina?", ele balbuciou.
"Ahn?", a mulher se virou, no meio do caminho.
"Nada; eu não disse nada".
Mas ele sabia que aquele pedaço de nada era alguma coisa. Uma resposta. Ali ele fundaria um projeto, ele só não sabia o quê. Ficou ali, por longos minutos, ajoelhado na terra, as mãos sujas, sentindo o solo quente sob a palma da sua mão. Um vento inocente ameaçava, sem muito sucesso, mexer no seu cabelo. Fazia muito calor, mas ele queria ficar ali, sobre a herança deixada pelo seu pai.
Aquele monte de nada.
Ele se sentia tão cansado de tudo aquilo; uma vontade sufocante de romper com aquela vida. Recomeçar do zero, como semente plantada no chão, aquela metáfora viva cozinhando os seus pés. Olhou ao redor. Nada. Vazio. Silêncio. Um grupo de pássaros não muito longe, algumas nuvens tímidas no céu. E ele, ali, parado, contemplando aquele cenário sem poesia; olhando a sua mulher dentro do carro ligado, o celular na mão, olhando-se espelho, aquela cara de nojo constante.
"Deus, meu Deus, como eu odeio esta mulher", pensou com seus botões.
Então sentiu-se iluminado. Como se uma presença tivesse invadido o seu corpo e tomado-o de assalto, de forma fulminante. Caminhou em direção ao carro, a passos lentos, a sua mulher observando-o com alguma incerteza. Ele sentia o seu coração galopando em seu peito, como se fosse rasgar a roupa. Abriu a porta com alguma violência, e imediatamente lembrou daqueles filmes do Superman, quando ele arrancava as portas dos carros, tamanha a sua força descomunal. Não foi o que aconteceu, claro, mas mesmo assim. Foi sua imagem mental naquele momento embriagado por adrenalina.
A mulher ficou imóvel, sem entender nada, ensaiando uma resposta desaforada. Em vão.
* * *
O sol já começava a se pôr, enquanto ele sentia a camisa empapuçada de suor, grudando no corpo. As mãos em carne viva, apalpando a terra mexida daquela cova rasa. Ajoelhado, coberto de sangue e sujeira, o cabelo pingando, espalhado na testa, as unhas encardidas, cada músculo do corpo dolorido, ele estava ali, arfando, sentindo o vento do campo engasgá-lo enquanto ele tentava respirar.
Estava feito. Enfim, estava feito.
"Veja, veja!", ele exclamou, apontando em direção à terra mexida, "a minha bosta de herança!".
Gargalhou, histericamente, enxugando o rosto coberto de lágrimas, transe e catarse. E então caminhou em direção ao carro. Sentou-se, deu partida, escancarou as janelas, seguindo em velocidade, inebriado pela canção tocando no volume máximo.
Até desaparecer no horizonte.
"STUFF OF NIGHTMARES"
Trailer conceitual do novo "Silent Hill", revelado na TGS. Sabe quando eu crio coragem para jogar isso aí? NUNCA. Mas é óbvio que vou (ter que) jogar.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
QUE DESTINO SERÁ ESSE?!
Amanhã é o lançamento de "Destiny", nova franquia que promete ser um novo marco no mundo dos jogos eletrônicos. A verdade é que, apesar dos testes alfa e beta, ninguém sabe muito bem ao certo qual que é a deste jogo, tirando elementos divulgados aqui e ali. Em princípio, "um shooter de mundo compartilhado" onde cada um terá uma identidade e, possivelmente, um "destino", no que restou do que um dia foi o planeta Terra. Fato é: parece bom (demais) e esse trailer embalado pelo Led Zepelin é coisa de outro mundo! Está no meu radar.
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
ASSUNTO: A MINHA CONFISSÃO
Sempre houve algo tão feminino ao seu respeito. Tão frágil, tão misterioso. Eu acho que já havia me apaixonado por você desde o primeiro segundo, essa é a grande, fatal e inegável verdade.
Eu me pego lembrando das coisas mais banais; como você vindo me buscar no trabalho, no meio do dia, para comermos um sanduíche rápido, numa esquina qualquer. Você descia da direção do seu carro, a chave ainda na ignição, e sem dizer nada se sentava no banco do carona. Eram coisas assim; era esse tipo de coisa que você fazia. Sempre tão feminina. Você fazia meu coração em pedaços, todos os dias. Mas ele se refazia, na madrugada. E lá estava eu, te esperando, novamente, no dia seguinte.
Que raio de vida é essa que cria essas histórias incoerentes que temos que seguir, dançar conforme a música? Que papéis são esses que a gente precisa desempenhar, sem reclamar? Quem está dirigindo isso aqui?
Mas eu apenas sorria, enquanto ouvíamos a música que você queria me mostrar, o ar-condicionado deixando os pêlos do seu braço arrepiados, você observando a janela, perdida nos seus pensamentos curiosos.
"Deus, como você é linda".
Eu controlava a minha vontade - aquele desejo desenfreado de segurar na sua perna, de acariciar o seu cabelo no trânsito lento, de beijar a sua boca, de olhos fechados, até uma buzina me despertar do transe.
Pensamento desfeito no ar, feito mágica.
E eu permanecia com as mãos em posição segura, 10h10, sem cometer deslizes, sem romper barreiras. Brincando de ser cavalheiro, dilacerando a minha alma, afogado no perfume do seu corpo, na imagem do seu cabelo moreno amarrado num rabo preguiçoso, no retrato do seu rosto refletido no vidro. O seu sorriso gentil, a pele suave, os gestos delicados, o seu cheiro.
Há quanto tempo a gente se conhece? Nem eu sei responder. Não tenho registro de um tempo órfão da sua presença. É sempre você, sempre você, ali, estampada em cada fotografia mental. Porque você não habita nenhum centímetro de uma memória coadjuvante. Por trás das cortinas fechadas, dos meus olhos noturnos, você é a estrela.
Cadente. Incandescente.
E então desapareciam aqueles minutos fugidios. E lá estava eu, "são e salvo!", de volta ao trabalho. Você sumindo na esquina, eu caminhando a passos lentos de volta para o prédio, o seu beijo inocente latejando no canto do rosto, feito queimadura recente.
Toco a minha pele e você está ali, vibrando; como tatuagem.
Há tanta coisa errada ao seu respeito que chega a ser cômico, eu penso. Suas manias, suas ideias bizarras, sem pé nem cabeça; seus planos indecisos de dominar o mundo ou fazer bolo de chocolate. A forma como você defende os seus ideais. Os seus gostos que, ora se encaixam nos meus como chave e fechadura, ora parecem óleo e água. O seu humor afiado, impiedoso. Seus olhos felinos que tiram as minhas armas. Você, que me pacifica.
Mas então chega o primeiro raio de sol na minha janela insone e ele me diz, todos os dias, a mesma coisa: para mim, você é perfeita.
"Você realmente vai se casar com ele?", eu te perguntei, sem cerimônia. Os seus olhos escancarados, sem reação. A sua boca entreaberta, ainda em busca de palavra. A água da chuva despencando sobre as nossas cabeças, escondendo a minha fragilidade.
"É isso mesmo que você quer?".
"É isso mesmo que você quer?".
Você me beijou, pelo que pareceu uma eternidade; as minhas mãos enlaçadas na sua cintura molhada, sentindo o seu corpo por baixo do vestido. E desapareceu assustada, feito conto de fadas às avessas. E assim perdemos o caminho de volta um para outro. Eu compreendi que você fez uma escolha. Mas essa é uma dor com a qual eu não quero mais conviver. E é por isso que eu estou indo embora, para o outro lado do mundo, sem deixar vestígio. Nem rastro, nem sombra, nem endereço, nem aviso.
Você foi a coisa mais linda que aconteceu na minha vida. E esta é a memória que eu escolhi guardar. A minha confissão, afinal; eu te amo, com a alegria inocente de quem recupera algo perdido. E eu te carrego comigo, neste coração rasgado por cicatrizes, que será, até o meu último dia, o seu lar inquestionável.
Seu, eternamente.
* * *
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"Não".
terça-feira, 2 de setembro de 2014
COISA DE CRIANÇA
Entre uma caneca e outra de cerveja, decidimos lembrar dos shows que víamos quando crianças; uma conversa nostálgica, regada a risos garimpados como pedras preciosas. Os desenhos, os programas, as canções inocentes, os seriados que marcavam as nossas tardes. Histórias incríveis com as quais crescemos, por anos.
Então, de repente, como uma onda, eu me senti afundado numa lembrança abrupta. Um programa, que passava todas as tardes, sobre uma bruxa que trocava de cabeça. Lembro de como aquilo era aterrorizante. Aquela mulher estranha, sem rosto, os dedos compridos como garras, caminhando por salões do que parecia ser um castelo decrépito, manipulando todo o tipo de cabeças, para então escolher uma e encaixar no seu corpo, como um manequim.
E então ela gargalhava, satisfeita.
Aquele pensamento aterrorizante gelou a minha espinha de ponta a ponta. A lembrança daquela mulher monstruosa flutuando pelas sombras, como um fantasma. E, sempre ao final, ela olhava para a tela, os olhos negros, fundos, vazios, dizendo numa voz gutural de que ela viria à noite para buscar a nossa cabeça. Senti cada pelo no corpo arrepiar.
"Vocês lembram deste show?!", eu perguntei, tentando lembrar mais detalhes. "Vocês lembram qual era o nome?", eu insistia.
"Lembro da bruxa, com certeza", alguém comentou.
"E as cabeças espalhadas pelo corredor", outra pessoa complementou.
"Meu Deus, era tão assustador", outro intercedeu.
"Como os nossos pais deixavam a gente ver aquilo?!", um finalizou a conversa.
Ficamos em silêncio, a alegria desaparecendo junto com os últimos goles. Pedimos a conta e fomos embora.
Eu me sentia desolado. Aquela lembrança repentina me acompanhando no trajeto de volta para casa. Corri para o computador, assim que abri a porta, em busca de alguma resposta. Após horas de pesquisa, eu me convenci de que não havia nada na rede sobre aquele programa. Nenhum site, nenhuma foto, nenhum verbete, nada, absolutamente nada sobre a bruxa que trocava de cabeças e nos ameaçava todos os dias.
Não consegui dormir. Aquelas imagens vindo me devorar, de forma sistemática. A sensação desesperadora de que ela estaria ali, de pé, no quarto me olhando dormir. Sentia o coração a galope no peito e testemunhei cada hora da noite passar, até o dia começar a colorir a janela; e um alívio gradual invadir o meu corpo exausto.
Com uma xícara de café na mão decidi ligar para a minha mãe. Ela se lembraria, eu sei que ela se lembraria. Ela ficava em casa, enquanto o meu pai saia para trabalhar. Ela se lembraria, eu sei.
* * *
Minha mãe ficou em silêncio, do outro lado da linha.
"Mãe? Mãe, você se lembra?", eu insistia, o café esfriando na mão.
Ela suspirou.
"Lembro, filho, eu lembro".
Sorri.
"Lembro de você sentado, por horas, diante da TV estática", ela continuou. "Falando sozinho, acenando com a cabeça".
Fiquei em silêncio.
"Você era tão pequeno, eu simplesmente achava que era coisa de criança".
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
AMOR PLATÔNICO
Lana Del Rey. Conhecia de nome, já há algum tempo. Sem dar muita bola. De repente uma voz, um rosto, um cabelo escarlate, uma melancolia com cara de coisa antiga, de coisa quebrada. Atropelamento total, completo e absoluto.
O PROBLEMA DE "MALEFICENT"
Não é que a adaptação do clássico da Disney, "A Bela Adormecida", seja ruim. Não é. O filme tem alguns efeitos especiais legais, a fotografia (em especial) me agradou muito e acho inclusive que a Jolie representa bem a famosa vilã "Malévola"; ela faz as caras, os olhares, os movimentos discretos, o jeito de caminhar flutuante, quase imperial, a fala lenta, pausada, aterrorizante. Até aí tudo bem: check!, check! check!.
Mas o grande problema de "Maleficent" (do filme, não a Jolie) é o que eles fizeram com a personagem. A bruxa é, sem sombra de dúvidas, uma das mais terríveis do plantel da Disney - de longe! Malévola TRANSPIRA maldade e o faz da forma mais cativante e elegante o possível, como boa vilã. Em outras palavras, ela é uma das vilãs mais badass de todos os tempos. É inegável seu poder, fato que a permite controlar um reino sob a mera possibilidade da sua presença. Todos, sem exceção, temem Malévola. E, quando desafiada, ainda por cima se transforma num dragão descomunal para provar que ela não tem tempo a perder.
Pois bem. A Malévola da Jolie tem a estética - sem dúvidas - e encarna isso bem. Mas jogaram a deliciosa personalidade da verdadeira Malévola no lixo, já que a bruxa do filme é provavelmente a mocinha, a bruxa boazinha, em busca de redenção e de fazer o bem. Não gostei. Destruiram a personagem.
Isso aqui É a Malévola. Ponto final:
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