E que venha um dos meses que mais amo no ano. Setembro.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
DESPEDIDA
Despedida
Cecília Meireles
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
"BOB, ARMA"
O Batman acaba de estragar a festa do coringa e, então, esta cena inesquecível em que o [insubstituível] Jack Nicholson no papel do melhor Coringa de todos os tempos decide descontar sua frustração no pobre capanga.
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012
AMOR PLATÔNICO
[algumas d]As minhas ruivas
Emily Blunt
Emma Stone
Florence (Florence + the machine)
Hayley Williams
Jessica Chastain
Kathleen Robertson
Rosie Leslie
terça-feira, 21 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
ELE VOLTARÁ UM DIA
Apesar de toda a expectativa - e tentativa - realmente, realisticamente, poderá haver OUTRO Superman, que não o Christopher Reeve? O fato é que, ainda hoje, fico em dúvida se aquilo ali, nos filmes, era atuação e efeitos especiais ou o Super-Homem, de fato. Custo a crer, talvez essa sensação nunca passe, que Christopher Reeve se foi. Como algo definitivo, digo, mundano, finito. Prefiro crer que o Super-Homem decidiu ir embora, se afastar de nós, como de fato já o fez.
E que simplesmente voltará um dia.
PÁSSARO
O sol pintava o seu rosto com aquela luz morna, adorável, que o fazia sentir-se vivo. Rajadas rebeldes de vento sob as asas, ganhando altitude e então despencando, apenas por diversão. Aquela liberdade absurda, aquela imensidão, aquela sensação salina ao voar rente sobre a água do mar. Ouvia seus irmãos gritando ao longe, em sequência, e então voltava ao bando. Voavam juntos, livres, libertos. Pássaros.
A vida se resumia àquela sucessão de eventos simples, aquele encadeamento de eventos relacionados à fome, ao descanso, à procriação. Navegar entre as nuvens, roubar lanches de mãos desatentas, acasalar no calor das árvores. Sol, lua, ar, estrelas. Os dias eram iguais e completamente diferentes. A cada nova manhã.
Não havia limite para o que o horizonte dos seus olhos podia registrar. Campos verdes, fecundos, vivos, estendendo-se até as montanhas. Prédios de múltiplas formas, cores, materiais. Pessoas de rostos distintos, roupas, hábitos. Veículos de todos os tamanhos e sons, pontes, monumentos. Cidades gigantescas, ruas e rodovias, tentáculos de animais impossíveis. Fontes onde refrescar-se do calor, sombras, sementes, antenas e fios de alta tensão. O mundo era incrível, visto do alto.
Divertia-se com os animais do chão. As travessuras dos gatos nas janelas, os cães correndo atrás das suas bolas, os bichos diversos nos zoológicos, os outros pássaros, uns tão agradáveis outros tão perigosos. Amigos e inimigos. Como tudo na vida.
Rodopiava, enamorava-se das pipas, assobiava ao som de canções distantes, perdia-se nos labirintos de lençóis estendidos nos varais anônimos. Aquele cheiro, aqueles abraços deliciosamente frios ao redor de suas penas. Sentia saudades, sem saber do quê. Sentia faltas sem rosto, sem nome. Voava, partia, ía embora, esquecia-se dos endereços.
Havia algo no ar, sempre; uma energia, uma eletricidade, um cheiro. Algo de perfume, algo de comida sendo feita, algo de poluição. Havia algo nas madrugadas, nas noites de janelas insones. Nas luzes sem ordem, nos caleidoscópios solitários, espalhados pelas casas, ruas e avenidas. Os homens enrolados em panos puídos sob as marquises, as crianças em suas camas confortáveis, no topo dos prédios.
Via amantes ingressando naquela luta complexa que une homens e mulheres. Via jovens ganhando as ruas nas noites perigosas. Via o crime, via o bem e o mal. Via a alegria dos casamentos nas igrejas e as despedidas nos cemitérios. Risos, lágrimas, brigas, acidentes, buzinas e sirenes.
Documentava tudo, com seus olhos pequeninos e curiosos. E parecia esquecer tudo, a cada novo dia. Culpava aquela sua cabecinha pequenina, todas as vezes que testemunhava um pôr-do-sol inesquecível. E praguejava, sozinho, por saber que não lembraria de nada daquilo quando o sol surgisse novamente no horizonte. Suas lembranças passageiras, desaparecidas. Suas lembranças de pássaro.
E parecia, ele mesmo, desaparecer na névoa, na penumbra que tomava a cidade. Era quando aqueles sons intermitentes, sequenciais, esverdeados, martelavam em seus ouvidos. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Abria os olhos lentamente, iluminados pelo sol morno na janela. Seu corpo imóvel, sua língua muda, aquelas pessoas sem nome observando-o aflitas. O desespero de não conseguir mexer nenhum músculo de seu corpo. Os olhos pingando lágrimas sinceras, esperançosas, por uma nova noite de sonhos.
Seu sonho de pássaro.
A vida se resumia àquela sucessão de eventos simples, aquele encadeamento de eventos relacionados à fome, ao descanso, à procriação. Navegar entre as nuvens, roubar lanches de mãos desatentas, acasalar no calor das árvores. Sol, lua, ar, estrelas. Os dias eram iguais e completamente diferentes. A cada nova manhã.
Não havia limite para o que o horizonte dos seus olhos podia registrar. Campos verdes, fecundos, vivos, estendendo-se até as montanhas. Prédios de múltiplas formas, cores, materiais. Pessoas de rostos distintos, roupas, hábitos. Veículos de todos os tamanhos e sons, pontes, monumentos. Cidades gigantescas, ruas e rodovias, tentáculos de animais impossíveis. Fontes onde refrescar-se do calor, sombras, sementes, antenas e fios de alta tensão. O mundo era incrível, visto do alto.
Divertia-se com os animais do chão. As travessuras dos gatos nas janelas, os cães correndo atrás das suas bolas, os bichos diversos nos zoológicos, os outros pássaros, uns tão agradáveis outros tão perigosos. Amigos e inimigos. Como tudo na vida.
Rodopiava, enamorava-se das pipas, assobiava ao som de canções distantes, perdia-se nos labirintos de lençóis estendidos nos varais anônimos. Aquele cheiro, aqueles abraços deliciosamente frios ao redor de suas penas. Sentia saudades, sem saber do quê. Sentia faltas sem rosto, sem nome. Voava, partia, ía embora, esquecia-se dos endereços.
Havia algo no ar, sempre; uma energia, uma eletricidade, um cheiro. Algo de perfume, algo de comida sendo feita, algo de poluição. Havia algo nas madrugadas, nas noites de janelas insones. Nas luzes sem ordem, nos caleidoscópios solitários, espalhados pelas casas, ruas e avenidas. Os homens enrolados em panos puídos sob as marquises, as crianças em suas camas confortáveis, no topo dos prédios.
Via amantes ingressando naquela luta complexa que une homens e mulheres. Via jovens ganhando as ruas nas noites perigosas. Via o crime, via o bem e o mal. Via a alegria dos casamentos nas igrejas e as despedidas nos cemitérios. Risos, lágrimas, brigas, acidentes, buzinas e sirenes.
Documentava tudo, com seus olhos pequeninos e curiosos. E parecia esquecer tudo, a cada novo dia. Culpava aquela sua cabecinha pequenina, todas as vezes que testemunhava um pôr-do-sol inesquecível. E praguejava, sozinho, por saber que não lembraria de nada daquilo quando o sol surgisse novamente no horizonte. Suas lembranças passageiras, desaparecidas. Suas lembranças de pássaro.
E parecia, ele mesmo, desaparecer na névoa, na penumbra que tomava a cidade. Era quando aqueles sons intermitentes, sequenciais, esverdeados, martelavam em seus ouvidos. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Abria os olhos lentamente, iluminados pelo sol morno na janela. Seu corpo imóvel, sua língua muda, aquelas pessoas sem nome observando-o aflitas. O desespero de não conseguir mexer nenhum músculo de seu corpo. Os olhos pingando lágrimas sinceras, esperançosas, por uma nova noite de sonhos.
Seu sonho de pássaro.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
AMOR PLATÔNICO
A atriz escocesa, Rose Leslie, a Ygritte de "Game of Thrones". Honestamente? Não saberia nem por onde começar a explicar.
domingo, 12 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
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