quarta-feira, 16 de setembro de 2009

POR TRÁS DA CORTINA DO PODEROSO CHEFÃO


A trilogia de Francis Ford Coppola, “O Poderoso Chefão”, baseada em livro homônimo de Mario Puzo está entre os filmes mais cultuados de todos os tempos. Nenhum elogio é exagerado. A trilogia é perfeição. O primeiro filme foi lançado em 1972 e é estrelado por Marlon Brando no inesquecível papel do “padrinho”, Vito Corleone. O filme ganhou 3 Oscars e conquistou uma legião de fãs que, até hoje, se encantam com o universo criado por Puzo e Coppola. Existem ótimas curiosidades sobre o primeiro filme da saga:
- Polêmica na produção: Joe Colombo, um mafioso americano, promoveu uma cruzada contra a filmagem dos filmes do “Poderoso Chefão”. Ele ameaçou roteiristas e acusou a Paramount de realizar um filme “anti-italiano”. Permitiram que ele se envolvesse na produção e ele solicitou que termos como “Máfia” e “Cosa Nostra” jamais fossem usados e ainda impôs que companheiros atuassem como extras e consultores.
- Marlon Brando decidiu fazer Vito Corleone como um bulldog, por isso o algodão nas bochechas. Insatisfeitos com a maneira como Coppola dirigia o primeiro filme da trilogia, executivos da Paramount consideraram substituí-lo por Elia Kazan. Eles achavam que Kazan trabalharia melhor com o notoriamente difícil Marlon Brando. Ao saber disso, Brando anunciou que se Coppola fosse demitido ele sairia do filme no mesmo dia.
- O diretor Sergio Leone, famoso precursor do gênero “faroeste espaguete” (filmes de faroeste rodados na Europa), foi convidado para dirigir “O Poderoso Chefão”. Ele recusou, afirmando que não gostava da história que, além de glorificar a máfia, não era interessante. Anos depois ele se arrependeu da decisão e acabou dirigindo o aclamado filme de gângsters, “Era uma vez na América” (Once upon a time in America), em 1984.
- O famoso gato segurado por Marlon Brando, nas cenas iniciais de “O Poderoso Chefão” era um gatinho de rua, que o próprio Brando achou nos estacionamentos da Paramount. Ele era louco por Marlon Brando (quem não era?). Em cena, ele ronronava tanto nos braços de Brando, que algumas cenas tiveram de ser refeitas, para que alguns diálogos não se perdessem. Detalhe: O gato não fazia parte do roteiro original.
- O tradicional gorro siciliano, usado, por exemplo, pelos guarda-costas de Michael Corleone, se chama “coppola”.
- Existem 61 cenas no primeiro “Poderoso Chefão” onde as pessoas estão comendo ou bebendo alguma coisa.
- Segundo Al Pacino, as lágrimas de Marlon Brando eram reais na cena do hospital.
- “O Poderoso Chefão” foi eleito “O melhor filme de todos os tempos” pela Entertainment Weekly.
- “Sonny” era o filho mais velho de Don Corleone (Santino, interpretado por James Caan). Esse apelido, escolhido por Mario Puzo para o seu personagem, era o mesmo do filho de Al Capone. As semelhanças, porém, acabam aqui. O filho de Al Capone nunca “entrou nos negócios da família”.
- Quando a Paramount comprou os direitos de “O Poderoso Chefão”, o livro sequer havia sido finalizado e mal tinha 20 páginas.
- Os avós de Al Pacino também são imigrantes vindos de Corleone.
- Orson Welles pediu a Coppola o papel de Vito Corleone, mas ele já havia dado a Marlon Brando.
- Os atores que fazem os filhos de Don Corleone eram, na vida real, pouco mais jovens que Marlon Brando.
- No primeiro filme há 18 mortes (cavalo incluso).
- A versão inicial do primeiro filme tinha 126 minutos e foi considerada curta pela Paramount.

"Bonasera, Bonasera. O que eu te fiz para você me tratar com tanto desrespeito?"

3 comentários:

lilian disse...

Quantas info super interessantes!
Marlon Brando era um genio querido,o gato é totalmente necessario.
Vou rever,seu texto me deu saudade da trilogia.

Anônimo disse...

''Era uma vez na America,é tb um filme grandioso,tocante.
A cena com De Niro fumando opio é
inesquecivel.

lilian disse...

como escrevi,revi o poderoso chefão
este final de semana;It is all about'' Brando'' inquetionavel,embora Michael seja
''o profeta prometido''.
Não lembrava mais de Apolonia,BELA,
como sugere seu nome...