
Descobri dois ótimos blogs muito legais para quem gosta de gatos:
REINO D´ALMOFADA - o nome já diz tudo. Um espaço para celebrar tudo sobre os bichanos.

 Eu que nem sabia ao certo o que estava procurando, achei você. E ao te achar eu me perdi. Por completo. Mas também me encontrei. Parece confuso, mas não é. Porque você transformou o meu mundo, como eu o conhecia, e me mostrou novos horizontes, novos destinos, múltiplas possibilidades. Você me ensinou sobre a vida. Sobre ser mais corajoso, mais destemido. Você me explicou como é "rir na cara do perigo" e, ainda que eu tenha hesitado vez ou outra, foram várias as vezes em que eu dei passos e saltos de fé incentivado por sua causa. Muitas coisas você me mostrou. Outras cores, outros sons, outros sabores. Me ajudou a ser mais homem e menos menino; mais pai e menos filho. Ainda que, nesta escola, eu precise de mais alguns bons anos de aprendizado. Você trouxe espelhos mais polidos, onde pude me enxergar mais claramente. Trouxe elogios em abundância e críticas localizadas; me feriu e me curou, como se eu estivesse em treinamento. Você me ajudou a viver um conto de fadas, ainda que eu tenha descoberto (meio a contragosto) que sou muito mais "rosa" do que "príncipe"; porque posso até ser nobre, iluminado e heróico, mas também sei ser mimado, egoísta e vaidoso. Quando eu achava que voava para os seus braços, pegando carona no vôo de pássaros imigrantes, eis que você me mostrava que era você quem vinha até mim, enquanto eu te esperava dentro de minha redoma perfumada. Você ri de mim e comigo. Mas também me chama de "concha", como se eu quisesse guardar todas as pérolas e segredos mais preciosos para mim. Mas se sou concha, você tem em mãos abridor e água quente para me dobrar, abrir e derreter sem esforço. Acho que somos únicos e vários. Heróis e vilãos. Atletas e glutões. Maçons e Alquimistas. Óbvios e originais. Perseu e Medusa. Antônio e Cleópatra. Eros e Pisqué. Água e Óleo. Cão e Gato. Encontrei todas as mulheres de livros, filmes e músicas em você. Sara, Charlotte, Claire. Amiga, irmã, mãe, amante, senhora. Guerreira e bailarina. Moderna e antiquada. Estamos longe e estamos perto, todos os dias, não importa a geografia. Porque voamos sem asas comuns, nas batidas do coração, no sopro da respiração ofegante, na imaginação sem fronteiras. São estas as minhas reflexões de quinta-feira. Um dia qualquer. Pensando em você.
Eu que nem sabia ao certo o que estava procurando, achei você. E ao te achar eu me perdi. Por completo. Mas também me encontrei. Parece confuso, mas não é. Porque você transformou o meu mundo, como eu o conhecia, e me mostrou novos horizontes, novos destinos, múltiplas possibilidades. Você me ensinou sobre a vida. Sobre ser mais corajoso, mais destemido. Você me explicou como é "rir na cara do perigo" e, ainda que eu tenha hesitado vez ou outra, foram várias as vezes em que eu dei passos e saltos de fé incentivado por sua causa. Muitas coisas você me mostrou. Outras cores, outros sons, outros sabores. Me ajudou a ser mais homem e menos menino; mais pai e menos filho. Ainda que, nesta escola, eu precise de mais alguns bons anos de aprendizado. Você trouxe espelhos mais polidos, onde pude me enxergar mais claramente. Trouxe elogios em abundância e críticas localizadas; me feriu e me curou, como se eu estivesse em treinamento. Você me ajudou a viver um conto de fadas, ainda que eu tenha descoberto (meio a contragosto) que sou muito mais "rosa" do que "príncipe"; porque posso até ser nobre, iluminado e heróico, mas também sei ser mimado, egoísta e vaidoso. Quando eu achava que voava para os seus braços, pegando carona no vôo de pássaros imigrantes, eis que você me mostrava que era você quem vinha até mim, enquanto eu te esperava dentro de minha redoma perfumada. Você ri de mim e comigo. Mas também me chama de "concha", como se eu quisesse guardar todas as pérolas e segredos mais preciosos para mim. Mas se sou concha, você tem em mãos abridor e água quente para me dobrar, abrir e derreter sem esforço. Acho que somos únicos e vários. Heróis e vilãos. Atletas e glutões. Maçons e Alquimistas. Óbvios e originais. Perseu e Medusa. Antônio e Cleópatra. Eros e Pisqué. Água e Óleo. Cão e Gato. Encontrei todas as mulheres de livros, filmes e músicas em você. Sara, Charlotte, Claire. Amiga, irmã, mãe, amante, senhora. Guerreira e bailarina. Moderna e antiquada. Estamos longe e estamos perto, todos os dias, não importa a geografia. Porque voamos sem asas comuns, nas batidas do coração, no sopro da respiração ofegante, na imaginação sem fronteiras. São estas as minhas reflexões de quinta-feira. Um dia qualquer. Pensando em você. De alguma forma ou de outra, acho que ele sabia que aquele era o nosso último momento juntos. A verdade é que nem eu nem ele podíamos imaginar que nunca mais nos veríamos novamente. Mas fico com a impressão que ele sabia. De alguma maneira ele sabia. Deve ser da intuição, ou algo assim, mas vou sempre lembrar daquela noite em que ele havia sido resgatado de sua aventura. Como poucas vezes havia feito, ele veio se aninhar em mim, como se me abraçando e adormeceu. E ali ficou, como se o meu colo fosse uma morada de segurança e tranqüilidade, mesmo nós estando separados já há algum tempo. Eu achava que tínhamos perdido a intimidade. Mas ele foi ali, sem fazer cerimônia, sem pedir permissão, e adormeceu nos meus braços. Eu não fazia idéia, mas estávamos dizendo adeus um ao outro naquele momento. Algo não mudará, porém. O lugar tão especial que ele conquistou em mim; e onde o carrego como um ser especial que surgiu na minha vida. Não tivemos a chance de nos despedir de verdade. Mas talvez seja melhor assim. Porque posso ficar com o poder de imaginá-lo, onde ele estiver, correndo suas aventuras e investigações tão peculiares. Sem despedida, então.
De alguma forma ou de outra, acho que ele sabia que aquele era o nosso último momento juntos. A verdade é que nem eu nem ele podíamos imaginar que nunca mais nos veríamos novamente. Mas fico com a impressão que ele sabia. De alguma maneira ele sabia. Deve ser da intuição, ou algo assim, mas vou sempre lembrar daquela noite em que ele havia sido resgatado de sua aventura. Como poucas vezes havia feito, ele veio se aninhar em mim, como se me abraçando e adormeceu. E ali ficou, como se o meu colo fosse uma morada de segurança e tranqüilidade, mesmo nós estando separados já há algum tempo. Eu achava que tínhamos perdido a intimidade. Mas ele foi ali, sem fazer cerimônia, sem pedir permissão, e adormeceu nos meus braços. Eu não fazia idéia, mas estávamos dizendo adeus um ao outro naquele momento. Algo não mudará, porém. O lugar tão especial que ele conquistou em mim; e onde o carrego como um ser especial que surgiu na minha vida. Não tivemos a chance de nos despedir de verdade. Mas talvez seja melhor assim. Porque posso ficar com o poder de imaginá-lo, onde ele estiver, correndo suas aventuras e investigações tão peculiares. Sem despedida, então.  Ele não sabia, mas era o último homem na lua. Ou talvez soubesse e fingisse, para si mesmo, não ser. Entretido com o brilho das estrelas, cometas rasantes, chão de areia fina cinzenta e o negro infinito dos dias que são sempre noite, ele se fazia crer estar envolto numa sinfonia de sensações e idéias confortantes. Confortáveis. Mas eis que ele era o último homem na lua. Fato inquestionável. Refém de suas próprias idéias, pouco a pouco ele começava a esquecer da própria voz. Os pensamentos ecoavam alto demais em sua cabeça para serem transformados em som. Noite após noite, dormia embalado ao som do silêncio. Quando insone, debruçava-se sobre um morro pequenino, para ver a luz do sol entrecortar as planícies brancas, homogêneas, áridas. E caminhava, sem direção, como se procurando algo sem saber ao certo o quê. Sentia-se só. Muito só. E já nem lembrava mais como havia chegado lá, desde quando, e por que motivo. Sonhava com chuva, barulho de mar e cheiro de pão assado. E chorava sentado, como se brincando de ser criança novamente. Gritava nomes ao acaso, nos vales, enamorando a possibilidade de alguém responder. Julgava saber a localização de cada uma das estrelas e até havia dado nomes a elas. Constanza, Gueixa, Escarlate. Chocolate, Lápis, Ameixa. E fazia jogos e apostas consigo mesmo, das quais sempre saia vencedor. E julgava-se rico, apesar de não possuir quase nada. E belo, mesmo sem nunca mais ter visto seu reflexo em algum lugar. Pouco a pouco, também começava a esquecer do seu rosto. Até que um belo dia, para sua surpresa, viu pousar uma nave, alguns metros de onde morava. De lá, desceram astronautas, portando veículos e instrumentos de aventuras espaciais. Era aquela a oportunidade que ele havia esperado tanto tempo. Mas ele não conseguiu conter seu medo e se escondeu. E observou a navezinha partir, lentamente, até se perder na sombra do horizonte rumo à gigantesca lua verde e azul que orbitava seu planeta. E ele voltou, então, a ser o último homem na lua.
Ele não sabia, mas era o último homem na lua. Ou talvez soubesse e fingisse, para si mesmo, não ser. Entretido com o brilho das estrelas, cometas rasantes, chão de areia fina cinzenta e o negro infinito dos dias que são sempre noite, ele se fazia crer estar envolto numa sinfonia de sensações e idéias confortantes. Confortáveis. Mas eis que ele era o último homem na lua. Fato inquestionável. Refém de suas próprias idéias, pouco a pouco ele começava a esquecer da própria voz. Os pensamentos ecoavam alto demais em sua cabeça para serem transformados em som. Noite após noite, dormia embalado ao som do silêncio. Quando insone, debruçava-se sobre um morro pequenino, para ver a luz do sol entrecortar as planícies brancas, homogêneas, áridas. E caminhava, sem direção, como se procurando algo sem saber ao certo o quê. Sentia-se só. Muito só. E já nem lembrava mais como havia chegado lá, desde quando, e por que motivo. Sonhava com chuva, barulho de mar e cheiro de pão assado. E chorava sentado, como se brincando de ser criança novamente. Gritava nomes ao acaso, nos vales, enamorando a possibilidade de alguém responder. Julgava saber a localização de cada uma das estrelas e até havia dado nomes a elas. Constanza, Gueixa, Escarlate. Chocolate, Lápis, Ameixa. E fazia jogos e apostas consigo mesmo, das quais sempre saia vencedor. E julgava-se rico, apesar de não possuir quase nada. E belo, mesmo sem nunca mais ter visto seu reflexo em algum lugar. Pouco a pouco, também começava a esquecer do seu rosto. Até que um belo dia, para sua surpresa, viu pousar uma nave, alguns metros de onde morava. De lá, desceram astronautas, portando veículos e instrumentos de aventuras espaciais. Era aquela a oportunidade que ele havia esperado tanto tempo. Mas ele não conseguiu conter seu medo e se escondeu. E observou a navezinha partir, lentamente, até se perder na sombra do horizonte rumo à gigantesca lua verde e azul que orbitava seu planeta. E ele voltou, então, a ser o último homem na lua.
Belíssimo filme, de Jason van Genderen, filmado inteiramente em celular, nas ruas de Sydney e Nova York.
 Poucos livros me emocionaram tão devastadoramente quanto "A mulher do viajante do tempo". Para todos aqueles que também se comoveram com o romance de Audrey Niffenegger, uma ótima notícia. O filme tem site oficial e estréia confirmada para o dia 14 de agosto (nos Estados Unidos). Estrelam Eric Bana e Rachel McAdams. E já saiu o primeiro trailer oficial. Promete...
Poucos livros me emocionaram tão devastadoramente quanto "A mulher do viajante do tempo". Para todos aqueles que também se comoveram com o romance de Audrey Niffenegger, uma ótima notícia. O filme tem site oficial e estréia confirmada para o dia 14 de agosto (nos Estados Unidos). Estrelam Eric Bana e Rachel McAdams. E já saiu o primeiro trailer oficial. Promete... Não é que eu tenha preconceito contra o cinema nacional. Absolutamente! Mas fico com a impressão de que o fato de um filme ser brasileiro e falado em português parece comportar uma carga imensa de "obrigatoriedades cinematográficas", por assim dizer: falar de miséria, de fome, de pobreza, sofrimento do povo nordestino, violência, polícia, corrupção, aquela história. Mas, francamente, será que não dá para mudar um pouco? Um filme, mesmo ambientado no Brasil, e falado em português não precisa seguir essa regra. E "Estômago", uma produção ítalo-brasileira, é um exemplo perfeito de como fazer um filme nacional, genuinamente brasileiro e completamente original. E olha que o filme fala de Brasil, pobreza, violência, cadeia e migração nordestina! A história narra as aventuras de Raimundo Nonato, que chega em São Paulo com a roupa do corpo em busca de oportunidades. Por um acaso do destino, ele acaba fazendo coxinhas de galinha num bar de esquina que, de tão boas, fazem do lugar um sucesso. Uma coisa leva a outra e Raimundo acaba na cozinha de um restaurante italiano. No meio tempo, vamos descobrindo que ele está preso e, na cadeia, conquista status e poder por causa dos seus conhecimentos culinários. Afinal, com mãos de mestre, transforma a bóia da prisão em comida de primeira e cai nas graças dos presos. O filme tem nuances, detalhes e idéias incríveis. É absolutamente original e obrigatório. É sério quando deve ser, é crítico quando deve ser e é trágico e é cômico, tudo na medida certa, tudo em doses ideais, como uma receita de ingredientes variados, mas que rendem uma iguaria incomparável. O final, apesar de esperado, não deixa de ser surpreendente. E, assim, "Estômago", um filme de facílima digestão, é um exemplo perfeito de como o "feijão com arroz" do cinema brasileiro pode variar mais.
Não é que eu tenha preconceito contra o cinema nacional. Absolutamente! Mas fico com a impressão de que o fato de um filme ser brasileiro e falado em português parece comportar uma carga imensa de "obrigatoriedades cinematográficas", por assim dizer: falar de miséria, de fome, de pobreza, sofrimento do povo nordestino, violência, polícia, corrupção, aquela história. Mas, francamente, será que não dá para mudar um pouco? Um filme, mesmo ambientado no Brasil, e falado em português não precisa seguir essa regra. E "Estômago", uma produção ítalo-brasileira, é um exemplo perfeito de como fazer um filme nacional, genuinamente brasileiro e completamente original. E olha que o filme fala de Brasil, pobreza, violência, cadeia e migração nordestina! A história narra as aventuras de Raimundo Nonato, que chega em São Paulo com a roupa do corpo em busca de oportunidades. Por um acaso do destino, ele acaba fazendo coxinhas de galinha num bar de esquina que, de tão boas, fazem do lugar um sucesso. Uma coisa leva a outra e Raimundo acaba na cozinha de um restaurante italiano. No meio tempo, vamos descobrindo que ele está preso e, na cadeia, conquista status e poder por causa dos seus conhecimentos culinários. Afinal, com mãos de mestre, transforma a bóia da prisão em comida de primeira e cai nas graças dos presos. O filme tem nuances, detalhes e idéias incríveis. É absolutamente original e obrigatório. É sério quando deve ser, é crítico quando deve ser e é trágico e é cômico, tudo na medida certa, tudo em doses ideais, como uma receita de ingredientes variados, mas que rendem uma iguaria incomparável. O final, apesar de esperado, não deixa de ser surpreendente. E, assim, "Estômago", um filme de facílima digestão, é um exemplo perfeito de como o "feijão com arroz" do cinema brasileiro pode variar mais.
 Serendipity: o ULTIMATE "filme de mulherzinha"
Serendipity: o ULTIMATE "filme de mulherzinha" Nota: a verdade é que "Serendipity" também me lembra você. E assim me pego, vendo "Serendipity" com uma caixinha de lenços de papel imaginária a tira colo, enquanto me dou conta, hoje e amanhã, que ainda sou o seu Jonathan Trager, procurando seu nome em todos os cantos, e te esperando pacientemente; sentado sobre um lago congelado, aguardo você me reencontrar, numa noite qualquer.
 Nota: a verdade é que "Serendipity" também me lembra você. E assim me pego, vendo "Serendipity" com uma caixinha de lenços de papel imaginária a tira colo, enquanto me dou conta, hoje e amanhã, que ainda sou o seu Jonathan Trager, procurando seu nome em todos os cantos, e te esperando pacientemente; sentado sobre um lago congelado, aguardo você me reencontrar, numa noite qualquer. Excelente artigo escrito por João Pereira Coutinho (colunista da Folha de São Paulo) em 29 de junho: "Terras do Nunca".
Excelente artigo escrito por João Pereira Coutinho (colunista da Folha de São Paulo) em 29 de junho: "Terras do Nunca".
Bela homenagem de John Mayer que, como era de se esperar, oferece uma nova roupagem à "Human Nature", durante o funeral de Michael Jackson. 
 Para quem se interessa por jogos e tecnologia, vale a pena visitar o blog hardcoregaming. Todo em português, não deixa em nada a desejar se comparado à crítica especializada americana, como IGN, Gamespot, 1up e Gamespy. Muito bem escrito, dinâmico e com forte apelo visiual, é um espaço excelente para se informar e colher reviews e previews.
Para quem se interessa por jogos e tecnologia, vale a pena visitar o blog hardcoregaming. Todo em português, não deixa em nada a desejar se comparado à crítica especializada americana, como IGN, Gamespot, 1up e Gamespy. Muito bem escrito, dinâmico e com forte apelo visiual, é um espaço excelente para se informar e colher reviews e previews. 
Michael Jackson faz um dueto consigo mesmo (quando criança) cantando a música "I´ll be there". É de chorar de tão bonito. 
 Tenho escrito pouco. Digo, inventado, pensado, refletido pouco. Tenho imaginado pouco. Em parte pela falta de tempo (será, mesmo?), em parte por falta de vontade, em parte por falta de pensamentos. Às vezes sinto uma vontade real de "ter pensamentos novos". Eu literalmente penso isso: "quero pensamentos novos". E talvez seja um exercício, mesmo, e não uma combustão espontânea que eu fico aguardando enquanto utilizo a carta manjada do "bloqueio criativo" para justificar o fato de os tais novos pensamentos não estarem chegando. E acabo cansando de esperá-los, de modo que tentarei abraçar mesmo idéias banais como exercício ativo, do que esperar passivamente por pensamentos geniais. Simplesmente não é assim que funciona. Essa indústria de subjetividades não é construída sobre mecanismos óbvios. Acordei hoje, no horário de sempre, e quando já me via automaticamente na jornada matutina - e semi-mecânica - de fazer café, arrumar o apartamento e me preparar para o trabalho, deixe-me envolver por idéias flutuantes. Balões coloridos que me ajudaram a despertar para o dia de hoje. Pensei sobre as escolhas que faço, nem sempre inequívocas; a necessidade de me auto-adular menos (sou muito menos inteligente do que me imagino ser e muito mais interessante do que me permito acreditar); e a importância de não depositar tanta expectativa nos outros. Quanto menos melhor. É tudo meio óbvio, na verdade. E até cliché. Mas quero também os pensamentos óbvios. Hoje, pelo menos.
Tenho escrito pouco. Digo, inventado, pensado, refletido pouco. Tenho imaginado pouco. Em parte pela falta de tempo (será, mesmo?), em parte por falta de vontade, em parte por falta de pensamentos. Às vezes sinto uma vontade real de "ter pensamentos novos". Eu literalmente penso isso: "quero pensamentos novos". E talvez seja um exercício, mesmo, e não uma combustão espontânea que eu fico aguardando enquanto utilizo a carta manjada do "bloqueio criativo" para justificar o fato de os tais novos pensamentos não estarem chegando. E acabo cansando de esperá-los, de modo que tentarei abraçar mesmo idéias banais como exercício ativo, do que esperar passivamente por pensamentos geniais. Simplesmente não é assim que funciona. Essa indústria de subjetividades não é construída sobre mecanismos óbvios. Acordei hoje, no horário de sempre, e quando já me via automaticamente na jornada matutina - e semi-mecânica - de fazer café, arrumar o apartamento e me preparar para o trabalho, deixe-me envolver por idéias flutuantes. Balões coloridos que me ajudaram a despertar para o dia de hoje. Pensei sobre as escolhas que faço, nem sempre inequívocas; a necessidade de me auto-adular menos (sou muito menos inteligente do que me imagino ser e muito mais interessante do que me permito acreditar); e a importância de não depositar tanta expectativa nos outros. Quanto menos melhor. É tudo meio óbvio, na verdade. E até cliché. Mas quero também os pensamentos óbvios. Hoje, pelo menos. Farei menções honrosas a um triunvirato de filmes besteirol de primeira grandeza: "Pagando bem, que mal tem?" (Zack and Miri make a porno); "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" (Role Models); e "Quase irmãos" (Step brothers). Além da pausa - justa e merecida - nas reflexões sobre filmes complexos e profundos sobre os quais gosto de devanear semi-superficialmente, esses filmes realmente são bons, merecem ser vistos e brincam - com grande competência - com a idéia de que é possível fazer um filme engraçado, cheio de besteiras hilárias e nem por isso deixar de tocar em idéias e reflexões interessantes. Esses três filmes são exemplos perfeitos disso.
Farei menções honrosas a um triunvirato de filmes besteirol de primeira grandeza: "Pagando bem, que mal tem?" (Zack and Miri make a porno); "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" (Role Models); e "Quase irmãos" (Step brothers). Além da pausa - justa e merecida - nas reflexões sobre filmes complexos e profundos sobre os quais gosto de devanear semi-superficialmente, esses filmes realmente são bons, merecem ser vistos e brincam - com grande competência - com a idéia de que é possível fazer um filme engraçado, cheio de besteiras hilárias e nem por isso deixar de tocar em idéias e reflexões interessantes. Esses três filmes são exemplos perfeitos disso. Já em "Role Models", temos Paul Rudd e Seann William Scott no papel de dois caras condenados a cumprir serviço comunitário. A punição leva-os a "orientar" duas crianças com déficit emocional: um menino mal criado e um rapaz que vive num mundo de fantasia baseado em jogos de RPG. Esse rapaz é ninguém menos que o cultuado McLovin, também de "Superbad". A comédia, aqui, já tem um ritimo mais sossegado, com diálogos interessantes e engraçados e não tanto cenas absurdas como em "Zack and Miri", mas mesmo assim rende situações cômicas que fazem desse filme uma obrigação. É impossível não dar atenção à Jane Lynch, no papel da educadora. O diálogo em que ela se recorda das suas refeições, quando morava em Nova York é memorável. No fim das contas, um filme sobre companheirismo e aceitação das diferenças. Quem disse que uma comédia não pode falar sobre isso?
 Já em "Role Models", temos Paul Rudd e Seann William Scott no papel de dois caras condenados a cumprir serviço comunitário. A punição leva-os a "orientar" duas crianças com déficit emocional: um menino mal criado e um rapaz que vive num mundo de fantasia baseado em jogos de RPG. Esse rapaz é ninguém menos que o cultuado McLovin, também de "Superbad". A comédia, aqui, já tem um ritimo mais sossegado, com diálogos interessantes e engraçados e não tanto cenas absurdas como em "Zack and Miri", mas mesmo assim rende situações cômicas que fazem desse filme uma obrigação. É impossível não dar atenção à Jane Lynch, no papel da educadora. O diálogo em que ela se recorda das suas refeições, quando morava em Nova York é memorável. No fim das contas, um filme sobre companheirismo e aceitação das diferenças. Quem disse que uma comédia não pode falar sobre isso?
"Role Models"
 
 Por último, mas não menos importante, o filme "Step Brothers": Will Ferrell e John C. Reilly no melhor papel juntos que já tiveram. Os dois interpretam homens de 40 anos que ainda vivem com os pais. Will vive com sua mãe, John com seu pai, ambos viúvos. Os dois se casam e os filhos precisam aprender a conviver na mesma casa. É difícil apontar algo específico sobre esse filme, que é insano do primeiro ao último minuto. Os dois comediantes, que já estiveram juntos em filmes como o mediano "Talladega Nights", dão um show. A cena do beliche improvisado rende muitas voltas no controle remoto. E também esse filme oferece uma reflexão interessante no final, apesar do assunto absurdo. Momento inesquecível: "Boats and Hoes".

 
 
"odeio quem me rouba a solidão, sem me oferecer verdadeira companhia"(F. Nietzsche)
 
 
 
 
 
 
