segunda-feira, 27 de abril de 2009

"EU TE AMO, CARA"

Não há neste mundo vínculo mais poderoso e verdadeiro do que o laço de amizade entre os homens. É algo de camaradagem, de irmandade. Algo cunhado nos anos, nas guerras, na necessidade de encontrar um elo de força para enfrentar as dificuldades. É uma aliança gratuita, sem interesses, despida de qualquer hipocrisia. É a união dos semelhantes, de duplas, de grupos ou de bandos que escolhem ficar juntos por partilharem gostos, idéias, sonhos, visões de mundo. Eis o poder da amizade entre os homens. O filme "Eu te amo, cara" (I love you, man) é um exemplo perfeito disso. Sem muitos rodeios, é um filme absolutamente fenomenal. Para mim, clássico instantâneo e inesquecível. E não apenas pelo roteiro inteligente e por uma das melhores e mais honestas atuações de Paul Rudd em anos. O filme é fiel à idéia de como são importantes (e necessários) os laços afetivos entre dois amigos. A história é muito simples: um corretor de imóveis em ascensão (Rudd) pede sua namorada em casamento. Por ter sido sempre um daqueles caras que se dedicam demais aos relacionamentos e abandonam os amigos, descobre subitamente que não tem ninguém para convidar para ser seu padrinho. Para contornar essa crise, todos arrumam "man-dates" para que ele conheça um amigo - o que rende situações hilárias. Por fim, como destino, eis que ele acha um amigo ao acaso e descobre o parceiro que deveria ter cultivado anos antes. Esse é um daqueles filmes simples sem nenhuma pretensão, feito com o único propósito de entreter, divertir. Mas, para quem estiver interessado, basta cavar um pouco para - sem esforço algum - encontrar uma série de reflexões importantes. Filosofia urbana. "Eu te amo, cara" me rendeu ótimas risadas. E pensamentos valiosos, só meus, intimamente meus, que guardei carinhosamente.

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