Tenho uma relação de amor com o filme "Elizabethtown". É isso. Sou apaixonado, perdidamente apaixonado por esse filme. Não apenas por ser um dos filmes mais importantes da minha vida, por razões biográficas; ou pela trilha e direção inspirada de Cameron Crowe; tampouco pelas ótimas atuações de Orlando Bloom, Kirsten Dunst e Susan Sarandon ou pelos personagens inesquecíveis e situações deliciosas... O que dizer de "Elizabethtown"? Acho, em verdade, que me faltam as palavras; pelo menos as melhores, as mais inspiradas. Mas isso é culpa minha, apenas minha, que ando patologicamente pouco eloquente. Posso dizer sem medo que esse é um filme importante para mim, simples assim. Inesquecível, que me comove e me toca, profundamente, do primeiro ao último minuto. "Elizabethtown" é um filme sobre caminhos e a possibilidade de perdê-los ou de segui-los. Ficar parado, diante da encruzilhada, jamais é opção. É um convite à vida e a não temer o desconhecido, porque "aqueles que arriscam triunfam". É uma história linda, mágica, que reforça a minha crença na luta contra "eles" e me ajuda a sonhar com a felicidade possível, realmente ao alcance dos dedos, que independe de dinheiro ou de qualquer forma de "realização". E que, apesar de muitas vezes sermos "pessoas substitutas", às vezes tudo o que precisamos é de "um encontro no meio do caminho" para ver o sol nascer. Há ali, nas imperceptíveis duas horas de filme, reflexões sobre a morte, a saudade, o sucesso, o fracasso, as escolhas, o amor, o destino, a família, as decepções, o amadurecimento. São tantas coisas especiais em tão pouco tempo. E nada é negligenciado ou tratado de forma superficial. O que eu sei é que posso ver este filme mil vezes e mil vezes vou chorar com Drew, quando ele se dá conta - tardiamente - da morte do seu pai; mil vezes vou querer abraçar Susan Sarandon após o sapateado e mil vezes vou me apaixonar por Claire. "Elizabethtown" é meu farol pessoal, guardado dentro de uma caixa de vidro, pronta para ser arrebentada em caso de emergência. Para eu não perder, por mais fácil que seja, a 60B.
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