Mesmerizado. Absolutamente mesmerizado...
É como eu fiquei ontem, às 3h da manhã, quando terminei de ver "Under the skin", filme estrelado por Scarlett Johansson. Quase sem falar nada, sem muitas expressões faciais - como um robô ou um ser completamente desprovido de emoções - ela vive uma espécie de viuúa-negra, rodando a cidade de Edimburgo (Escócia), pela madrugada, em busca de homens que acreditam que vão ter uma noite de sexo inesquecível.
ScarJo é, como sempre, uma visão. Uma atuação interessante, misteriosa, entregue. Nua, pela primeira vez, ela não tem nenhum pudor em também iludir e enganar suas presas como uma caçadora impiedosa. E vamos de "carona", na sua van suspeita, vendo (sem enxergar muita coisa) o que ela está fazendo, o que ela quer, onde ela quer chegar.
O filme é cru, com uma fotografia suja, escura, sustentado por uma trilha sonora desconcertante, que nunca deixa a audiência à vontade. Os diálogos são curtos, desconexos e o diretor intencionalmente (e brilhantemente) nos joga num labirinto que dá a sensação que nunca vamos conseguir sair. Simplesmente, ao longo de grande parte do filme, me vi pensando: "que diabos está acontecendo?".
Infelizmente, não posso ir muito além disso - não quero correr o risco de estragar a surpresa. Embarquei no filme - e até grande parte dele - me vi envolvido numa (esquisita e perturbadora) história de "serial killer" (será?).
Ao final, ao subir dos créditos, a minha cabeça fervia...
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