segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

AO 12. E AO 13

Quando o 11 virou o 12 eu meditei para que o ano que se projetava no horizonte fosse um ano melhor.  Eu precisava disso, como se fosse oxigênio. 2011 - em sua totalidade praticamente - havia sido feito de trevas, então o seguinte, supostamente, deveria ser feito de luz. E assim ele foi. Por boa parte dos seus dias, semanas e meses, pelo menos.

Mas, como num tabuleiro de xadrez - como assim é a vida -, o 12 também me trouxe sua [ampla] cota de trevas. Dias brancos e negros, alternando-se num balé de riso e tristezas, de perda e ganho. As alegrias foram plenas, absolutas. As trevas profundas, abissais, sob as quais eu afundei ao ponto de me afogar.

2012 foi luz e naufrágio.

Mas isso não me impediu de correr para a margem, para a praia, apoiando meu corpo [ainda mais] exausto na energia que sobrava, lutando por cada novo sopro de ar. Para sobreviver. Por alguma razão, pela necessidade de seguir em frente, de não sucumbir. Porque, como diz Camus, no meu pior inverno eu também descobri um verão invencível.

E é este o meu pensamento para o 13. Que ele seja meu número da sorte. E que brilhe, feito um farol, apontando um horizonte de beleza. E de paz.

É apenas isso que peço a ele.

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