sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

2 MINUTOS SEM RESPIRAR


Vazou o trailer da 5a temporada de 'Game of Thrones', ao som de "Heroes", do David Bowie. "Boa sorte em achar um homem para reinar sobre os 7 reinos", diz o Tyrion, ao que o Varys prontamente responde: "Quem disse 'homem'?"

E assim descobri que consigo ficar 2 minutos sem respirar.

"HORRORSCOPO"

"Gêmeos"

A visão dos 12 signos do zodíaco do ilustrador Damon Hellabrand. Via Dorkly.

"Leão"

"Virgem"

"Escorpião"

"Sagitário"

"Capricórnio"

"Aquário"

"Peixes"

"Libra"

"Câncer"

"Touro"

"Áries"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

SAUDADE QUE DÓI



Um senhor de 68 anos consegue ouvir uma gravação recuperada com a voz da sua mulher, já falecida há 14 anos. O vídeo registra este momento (mágico e doído). Veja por sua conta e risco. Eu tenho que ir ali, que caiu um cisco no olho. Já volto.

11:11


Ele caminhava, sem muita atenção, aliás como lhe era habitual, pela rua. O sol forte de quase meio-dia fazendo-o cerrar os olhos, feito beduíno; a roupa levemente marcada pelo suor do dia quente, algumas ideias, algumas questões martelando a cabeça. Coisas da vida, de trabalho, de adulto. 

Sinal vermelho, pedestres autorizados a atravessar a rua. E lá foi ele, rumo à outra margem.

Então, no meio do caminho, uma surpresa que mudaria para sempre a sua vida. Ele se viu, ali, atravessando no sentido contrário. Quer dizer, não era exatamente ele, como um reflexo no espelho. Mas uma espécie de "ele de 10 anos atrás"; ele reconhecia o corte de cabelo, o par de óculos, a roupa, a bolsa surrada, o tênis predileto. Sim, aquele ali, também atravessando a rua sem dar muita atenção, era ele. 

Cruzaram-se, contemplando-se por uma fração de segundos que durou uma eternidade sem fim; estudando-se, desenhando-se com o olhar, sentindo uma familaridade que parecia socá-los os estômagos. 

"Sim, somos nós. Eu e você", pareciam conspirar, enquanto atravessavam a faixa de pedestres.

O rapaz seguiu seu caminho, a cabeça torta, para trás. E ele permaneceu ali, sem saber ao certo como lidar com tamanha metafísica. Sentiu o peso das lágrimas sob os olhos, vontade de retornar, abraçar a si mesmo, aquela cumplicidade, aquela fragilidade que só eles dois testemunhavam. 

"Eu sei de tudo", ele pensava com seus botões. 

Queria poder instruí-lo. Ensiná-lo sobre os buracos no caminho, os perigos na curva, tudo o que ele devia apreciar e o que devia deixar para trás. Alertá-lo sobre as coisas. Seria errado, pensou. 

Teve vontade de acenar. Cumprimentar. Mas atravessou, parando do outro lado da rua, enquanto o seu eu 10 anos mais jovem continuava o caminho, rumo à esquina. Olharam-se, uma última vez, por alguns instantes. Uma despedida sem palavras, um olhar vago, levemente amedontrado. E então desapareceram, um para o outro, para sempre.

"Você fez bem", disse o homem atrás dele, a mão levemente posicionada sobre o seu ombro. "Teria sido um erro, sem dúvidas". Ao que ele se virou, sem espanto, já tendo reconhecido a voz no seu ouvido. O seu eu, 10 anos mais velho. 

Sorriram. Quanta metafísica pode caber em tão pouco tempo? Era difícil responder.

"Terei um bom dia?", perguntou, com um riso de canto de boca, já antecipando a resposta.

O homem o olhou, por alguns segundos, as pequenas ruelas encravadas ao redor dos olhos, os cabelos levemente prateados, um sorriso torto, como o seu.

"Para quê estragar a surpresa?"

Abraçaram-se, sob o sol escaldante. 

E foram embora.

PARA VER E OUVIR: SARAH MCLACHLAN ("SWEET SURRENDER")



Em lembrança ao aniversário desta linda-eterna. Eu adoro a Sarah de hoje em dia, e acredito que serei sempre tocado pelas suas músicas (e letras). Mas tenho uma relação de amor eterno com esta Sarah clássica.

"I miss the little things...
I miss everything...
About you."

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

GIFS DA DEPRESSÃO

Algumas pessoas sofrem com um fenômeno chamado de "resting bitch face". Há uma forma muito fácil de explicar isso e assim você entenderá o que estou dizendo ou até mesmo poderá se identificar. 

Algumas pessoas que sofrem de "resting bitch face" acham que tem essa cara, quando estão paradas ou conversando com alguém:


Quando, na verdade, é essa a cara que elas fazem quando estão paradas ou conversando com alguém:


No meu caso, eu acho que já transcendi um pouco isso... Essa é a cara que eu acho que tenho muitas vezes quando estou parado ou conversando com alguém:


E, quando eu percebo, é esta a cara que estou fazendo (de fato):


Fato é: se você, como eu, suspeita que sofre algum grau de "resting bitch face", seja você mesmo, sempre. As pessoas vão (ou não) gostar de você de qualquer forma! 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

FIM DE CASO


Eu ainda me pego lembrando, como se fosse ontem. Sabe-se lá por quê.

Os meus olhos abertos, escancarados, sob o teto daquele nosso quarto de hotel, anônimo, aquela última noite. Definitivamente, aquela última noite. A sua respiração curta, profunda, ao meu lado. Seu corpo nu, entorpecido; seu sono inocente. 

Mas era eu quem não conseguia dormir, ali, com a cabeça martelada sobre o travesseiro, escorada sobre o peso dos meus pensamentos - ou arrependimentos; eu começava a meditar, acompanhando com os olhos as luzes dos carros que cortavam a janela.

Foi quando senti vontade de ir embora. Um impulso, quase incontrolável, de vestir a minha roupa, espalhada no chão e fugir, de uma vez por todas. A verdade é que eu já não entendia ao certo o que eu ainda estava fazendo ali.

Nem quem era você, ali, dormindo do meu lado.

O meu maior engano foi ter [te] achado. Achado que eu havia te encontrado. Isso nunca aconteceu. A menina dos meus olhos nunca esteve ali; ela ficou, passada, presa num tempo perdido. Aquela mulher, adormecida do meu lado, não era ela. Era apenas... você. 

A menina dos meus sonhos só existia nas minhas memórias. Ela era imaterial. Feita de lembrança, de cheiros, sons e toques envelopados por pensamentos carinhosos de coisa que nunca foi. Aquele cabelo negro, solto no vento, espalhado feito as letras trocadas sem propósito, a gente brincando de se apaixonar. Os olhos de sonhadora, as palavras de criança, o toque de mulher.

Ela estava em algum lugar, para sempre distante do meu toque, exilada; olhando o mar, os pés descalços lambidos pela água, pela areia, o vestido voando feito bandeira. A menina dos meus sonhos era constituída desta matéria sem forma, feita inteiramente de "e se"s.

E você não era mais ela.

"Eu não sei quem é você".

Longos suspiros, insones, angustiados. E então um alarme estridente, violento, um chamado à fuga. 

"Você precisa ir", você me disse sem muita cerimônia.

"Sim", consenti com os dedos enrolados pelos cadarços do sapato. "Eu vou".

O dia ainda trocava de cor, enquanto eu dava partida no carro coberto de orvalho. Fugitivo, Romeu às avessas, entorpecido pela noite sem sono; o cheiro do seu corpo espalhado, misturado no meu. O gosto da sua boca ainda vivo na minha.

Nosso fim de caso melancólico, burguês, sem inspiração. Diluído no café amargo, nas horas preguiçosas de um dia de trabalho sem fim.

Sem deixar vestígio, nem marca, nem saudade. Apenas estes pensamentos, meio órfãos, que ainda insistem em vir me visitar.

Sabe-se lá por quê.

PARA VER E OUVIR: JOHN MAYER ("WHISKEY, WHISKEY, WHISKEY")

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

FEITO VINHO


Quando "Marie Antoinette", da Sofia Coppola, chegou aos cinemas, a recepção foi fraca, fria. O filme não ganhou muito reconhecimento e mesmo o talento da diretora foi questionado, quando críticos começaram a suspeitar que "Lost in Translation" havia sido um caso raro - e talvez único - de genialidade. A medida que o tempo foi passando, essas impressões foram mudando e muitos críticos que torceram o nariz, à época, começaram a enxergar outros tons no filme, realmente dando a ele o valor que merece. Eu já havia me apaixonado perdidamente, no lançamento, mas fico abismado como "Maria Antonieta" é um filme mágico, lindo, tocante, saboroso de ver, com um visual de tirar o fólego e uma trilha sonora como poucas vezes vista. Mais um destes filmes que são como vinho; "Marie Antoinette" só vai ficando melhor.

Trilha para o post: "Ceremony", pelo Joy Division (pré-New Order), como não?


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A ESSA HORA DOS MÁGICOS CANSAÇOS


Se Tu Viesses Ver-me...
Florbela Espanca

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

PARA VER E OUVIR: THE RADIO DEPT. ("ALWAYS A RELIEF")

PARA VER E OUVIR: THE RADIO DEPT. ("KEEN ON BOYS")

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

SUCH A BEAUTIFUL DISEASE...


"We were full of the stuff that every dream rested
As if floating on a lumpy pillow sky
Caught up in the whole illusion
That dreams never pass us by"

GIFS DA DEPRESSÃO

A minha reação ao ler sobre o "Casamento Vermelho", pela primeira vez...


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CURIOSIDADES INCRÍVEIS SOBRE BREAKING BAD


A lista completa está no Buzzfeed, mais conhecido como o reino onde a procrastinação não tem fim...


Um anagrama para "finale" e "FE LI NA", os símbolos químicos para Ferro, Lítio e Sódio, que são os elementos principais de "Sangue", "Metanfetamina" e "Lágrimas". Boom!


A paleta de cores das roupas do Walter White vai escurecendo, conforme os episódios e temporadas vão passando, num contraponto do que está acontecendo com o próprio personagem...


Este enquadramento no episódio "Ozymandias" mostra um Rei "branco" a alguns passos do cheque-mate...


A calça perdida pelo Walter no primeiro episódio da primeira temporada não estava tão perdida assim, como podemos ver no episódio "Ozymandias"...



O encontro e a despedida de Walt e Jesse... the feels, the feels...


Quando esta piscina foi... um tanto familiar demais...

Em outras palavras:

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

GIFS DA DEPRESSÃO

Me perguntam: "e aí, tá animado para o carnaval?"

O GATINHO QUE SÓ QUER... JOGAR?

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

"I AM THE ONE WHO KNOCKS"


Acreditem ou não, mas só agora decidi ver "Breaking Bad" que, por alguma razão, sempre escapava do meu radar. Mas, como dizem, 'antes tarde do que nunca'. Realmente agora entendo o culto em torno deste seriado; é, sem dúvidas, uma das melhores produções de TV dos últimos anos (ou décadas!) e o Walter White é a definição do badass - minto, a definição da trajetória de um homem comum descobrindo o quão badass ele pode ser. Seriado imperdível, viciante, coisa de gênio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O SEGREDO NOS OLHOS


O meu primeiro filme de 2015 já é uma das melhores coisas que eu vi recentemente. "I Origins", estrelado pela minha queridinha Brit Marling, e com a mesma turma por trás dos ótimos "Another Earth" e "The Sound of My Voice". Uma grata e aleatória surpresa que me deixou boquiaberto do começo ao fim. 

Para não estragar os encantos e as surpresas, uma sinopse breve e tímida:

Esta é a história de Ian Grey, um jovem cientista fascinado pela unicidade dos olhos, que se apaixona perdidamente por uma misteriosa  jovem argentina chamada Sofi. Ian é prático, racional, enquanto Sofi é completamente abstrata e espiritual. Após uma tragédia que interrompe a história de amor do jovem casal, Ian se vê obrigado a questionar os seus valores quando as suas verdades absolutas começam a girar feito um caleidoscópio. Um filme belíssimo, desde o primeiro segundo, e que é um celeiro de questionamentos e reflexões profundas. 

Encantamento total. Imperdível.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

MINHA RESENHA DE "A ENTREVISTA"


Honestamente? Não consigo entender a razão de tamanha polêmica em torno de "A Entrevista". Filme ruim, medíocre, sem graça do primeiro ao último segundo e só serviu para confirmar [melhor, reforçar a minha certeza] de que James Franco é tão insuportável e incompetente quanto Adam Sandler. Não sei qual dos dois eu odeio mais, agora. Perda de tempo completa.

GIFS DA DEPRESSÃO

Eu no trabalho, nesta sexta-feira, após o feriado [coito interrupto] do ano novo...

PARA VER E OUVIR: JAPANESE WALLPAPER ("WAVES" - FEAT. PEPA KNIGHT)